O período pré-vestibular é um tormento para aqueles que sofrem a pressão de fazer uma escolha acertada da profissão que trará realização pessoal, profissional e sucesso financeiro.
Muitos se dizem despreparados para uma decisão tão importante em uma fase da vida marcada pelo conflito entre planejar o futuro e viver o presente. No entanto, um aprendizado que ainda não consta na lista de matérias do vestibular, mas começa a ser introduzido no currículo de algumas escolas, pode preparar melhor os jovens para esse período crítico: a educação financeira.
Há conceitos e exercícios práticos que podem ser aplicados em sala de aula desde o ensino infantil. À medida que vão exercitando o pensamento de médio e longo prazo, os jovens começam a arquitetar seus projetos de vida, pensar no futuro, se sentido mais motivado, por exemplo, a seguir em frente nos estudos.
A Educação Financeira não deve se restringir ao ensino de cálculos matemáticos, planilhas de gastos ou opções de investimentos. A Educação Financeira deve estimular novos comportamentos relacionados a escolhas, senso de prioridade, planejamento, qualidade de vida e, o mais importante, realização pessoal.
Um dos principais aprendizados adquiridos pelos jovens com a Educação Financeira é que – independentemente da escolha profissional e se a renda dele provem de salário ou de ajuda dos pais – o que vai determinar seu padrão de vida e garantir sua independência financeira é a maneira como ele lida com o dinheiro. Há forte evidência de que pessoas com baixa educação financeira não planejam a aposentaria, pagam juros mais altos, têm menos bens, realizam menos sonhos.
Com a metodologia que desenvolvemos, o aluno percebe que ser um endividado, um empreendedor ou um investidor é uma questão de escolha. Estimulamos a priorização dos sonhos, provocamos a reflexão sobre hábitos de consumo, ensinamos o controle dos ganhos e gastos, apresentamos vantagens e riscos das diferentes formas de pagamento, incentivamos formas de economizar, poupar e investir.
A principal contribuição que os livros da Editora DSOP (sigla que sintetiza as etapas da metodologia que criei: Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar) é quebrar o ciclo de gerações que não receberam educação financeira, cujos efeitos podem ser observados com o crescente endividamento do brasileiro, a inadimplência e a dificuldade de realizar sonhos. Esses aspectos mostram que um dos grandes desafios globais do século está em repensar os hábitos de consumo substituindo-os por outros mais sustentáveis. Nesse sentido, a educação financeira se consolida como conhecimento vital, indispensável na formação de crianças e jovens e na reeducação de adultos.
A Editora DSOP tem dois produtos que auxiliam tanto os adolescentes quanto os educadores nesse novo aprendizado. O primeiro, já adotado por diversas escolas no país, é a Coleção DSOP para o Ensino Básico que inclui títulos específicos para alunos do Ensino Médio, assim como o Livro do Professor, com dicas de exercícios práticos e objetivos a serem atingidos.
O livro Ter Dinheiro não Tem Segredo, encontrado nas principais livrarias do país, também é fonte tanto para os adolescentes quanto para professores, que podem utilizar muitos de seus conceitos e propostas de reflexão em sala de aula. O foco das publicações está em questões relacionadas a mercado de trabalho, empreendedorismo, consumo consciente, sustentabilidade, cidadania, diversidade e realização de sonhos.
* Texto de Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP, autor dos livros Terapia Financeira, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.