A socialite Val Marchiori, uma das estrelas do reality show “Mulheres Ricas”, exibido pela rede de televisão Band, desmentiu o boato de que teria pedido para dividir em cinco vezes a fantasia que usará durante o desfile de Carnaval da escola de samba paulistana Unidos de Vila Maria, segundo a própria celebridade avaliada em R$ 100 mil – como se houvesse grande vergonha em utilizar o parcelamento.
Mas, na verdade, comprar em prestações pode ser uma estratégia inteligente.
Por exemplo, nas ocasiões em que existe insuficiente ou nenhuma vantagem no pagamento à vista.
É o caso de determinados impostos e de passagens aéreas adquiridas diretamente das companhias, com as quais não dá para negociar.
Aí, é mais interessante deixar o montante total investido e ir tirando aos poucos para bancar as mensalidades.
Se o governo, a loja ou o prestador de serviço oferece desconto na quitação em uma vez só, o indicado é fazer as contas para verificar se o abatimento é maior do que o rendimento obtido nas aplicações financeiras às quais se tem acesso rotineiramente.
A caderneta de poupança é uma ótima opção; embora renda pouco, não sofre a incidência de Imposto de Renda e possui liquidez diária, condições favoráveis a operações de curto prazo.
Não se deve esquecer, entretanto, que postergar um compromisso é sempre assumir uma dívida.
Então, recomenda-se avaliar bem os riscos inerentes à tática: primeiro, o de se atrapalhar com uma quantidade excessiva de prestações; depois, o de perder sua fonte de renda e não ter recursos suficientes para se manter, o que leva à inadimplência.
Quando o parcelamento implica juros, por pequenos que sejam, nem surge espaço para dúvida: pagar à vista é definitivamente a melhor ideia.
* Denyse Godoy, 31,- natural de Pirassununga – é formada em jornalismo pela USP (Universidade de São Paulo) com pós-graduação em economia e administração de empresas. Cobre finanças desde 2002, quando começou a trabalhar naFolha.com.
Entre 2004 a 2006, chefiou a sucursal paulista da Agência Leia, dirigida ao mercado de capitais, e colaborou com veículos especializados como o jornal “Valor Econômico”. De volta à Folha, foi correspondente em Nova York e repórter do caderno “Mercado” até 2010.
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