Na manhã da última terça-feira (17/04), autoridades do município se reuniram no auditório do Departamento de Promoção Social para discutir ações que possam minimizar o problema referente a moradores de rua.
Do debate, coordenado pelo prefeito Maurício Rasi, participaram o comandante da Polícia Militar, capitão Valdemir Guimarães Dias; a primeira-dama Viviane Santana Rasi; a assistente social Célia Denuncci Pereira, representando o Poder Judiciário; o chefe da Divisão de Segurança Pública, Idineo Ferreira de Araújo; e outros setores da Administração Municipal, como por exemplo a Promoção Social, Creas, Cras, Saúde, Fiscalização de Posturas e Guarda Municipal.
Alguns números oficiais foram apresentados pelo prefeito. Por exemplo, 80% dos moradores de rua são de Porto Ferreira e, segundo o que informaram coordenadores de programas sociais, na maioria dos casos, quando o Poder Público oferece os mecanismos de acolhimento a estas pessoas, elas recusam ou, então, após um breve período de tratamento, voltam para o convívio nas ruas.
Depois das primeiras sugestões apresentadas, o próximo passo será identificar as pessoas que se encontram nessas condições (moradores de rua), para que se possa oferecer o devido tratamento.
O problema se agrava pelo fato das pessoas nessa situação estarem envolvidas não somente com álcool, mas também com drogas, principalmente o crack. Alguns dos presentes ao encontro disseram que muitos cidadãos acabam fornecendo comida ou dinheiro por medo, uma vez que já houve relatos de ameaças.
“O importante é que haja o envolvimento de todos, não somente do Poder Público, para que possamos minimizar esta questão. Hoje estamos aqui com pessoas de alguns segmentos, porém a responsabilidade não é somente nossa. Acho que a família tem um papel fundamental na questão”, comentou o prefeito.
O capitão Valdemir Guimarães Dias, comandante da 4ª Cia da PM, disse que o importante é que as ações estão sendo propostas e executadas. Entretanto, pensar em acabar com o problema seria “utopia”. “Estamos sim fazendo a nossa parte, mas sabemos que o problema é extremamente sério. Não podemos fazer nada além do que a lei permite. Por exemplo, temos que respeitar o direito de todos. Se solucionarmos o problema da praça da rodoviária, por exemplo, muito provavelmente haverá uma migração para outros locais. Mas volto a dizer, a Polícia Militar estará envolvida dentro da legalidade em mais esta ação para solucionarmos o problema”.
Ações estratégicas serão desenvolvidas já na próxima semana, neste primeiro momento com Poder Público (Promoção Social, Saúde, Guarda Municipal, Fiscalização, Polícias Civil e Militar), e, posteriormente, Judiciário e Ministério Público deverão compor o plano de ações.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal