O Conselho de Cultura de Porto Ferreira divulgou hoje (27/08) a programação da Semana Cultural “Lourenço Filho”, que acontece nos dias 29 e 30 de agosto, no Anfiteatro Izaltino Casemiro (área da Fepasa), a partir das 19h30.
Programação:
Dia 29 de Agosto (quarta-feira)
– Exposição de Artes
– Exposição histórica Lourenço Filho
– Apresentação de projetos pedagógicos e palestras
Dia 30 de Agosto (quinta-feira)
– Outorga do Mérito Cultural “Lourenço Filho”
– Apresentação Musical
Ordem do Mérito Cultural
A Ordem do Mérito Cultural “Lourenço Filho” foi instituída pela Lei nº 2.872, de 26 de Outubro de 2011, em homenagem ao educador ferreirense, e será conferida para pessoas que se destacaram nas seguintes atividades: artes musicais, artes literárias, artes visuais, artes cênicas, cultura popular, incentivadores, empresário, categoria honorável, trabalhos científicos e educadores.
Lourenço Filho
Manuel Bergström Lourenço Filho nasceu em Porto Ferreira/SP no dia 10 de março de 1897 e viveu até 3 de agosto de 1970 e na foto acima tirada no Rio de Janeiro em 1936 dentre outros notáveis com Manuel Bandeira, Alceu Amoroso Lima, Dom Helder Câmara, Roque Pinto e Gustavo Capanema é 1º sentado à esquerda.
Embora muito respeitado no ambiente acadêmico e cientifico da época de São Paulo e Rio de Janeiro, foi em Fortaleza que seu pensamento encontrou maior receptividade e aplicação que possibilitou fazer importantes reformas em 1922 e 1923 no ensino publico do Estado do Ceará que repercutiram em todo o País e podem ser entendidas como germe dos conhecidos movimentos nacionais de renovação pedagógica do inicio do século passado.
Sua participação política também merece destaque: presente nas Conferências Nacionais de Educação de 1927 e 1928, respectivamente em Curitiba e Belo Horizonte, apresenta suas idéias quanto ao ensino primário e à liberdade dos programas de ensino. Se não autor, é certamente um dos atores mais importantes do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932.
A vasta obra de Lourenço Filho, entretanto, não pode ser vinculada, de modo simplista, apenas à temática do manifesto escolanovista. Mais do que signatário do Manifesto, foi um educador sedento do novo, que bebia nas fontes do novíssimo, das últimas novidades pedagógicas do cenário internacional. Sua preocupação, de fato, voltava-se também para o fazer pedagógico.
No campo da Educação, sua contribuição abrange temas como educação pré-primária, alfabetização infantil e de adultos, ensino secundário, ensino técnico rural, universidade, didática, metodologia de ensino, administração escolar, avaliação educacional, orientação educacional, formação de professores, educação física e literatura infanto-juvenil – textos espalhados por numerosos livros, revistas, jornais, cartilhas, conferências, apresentações e prefácios. Há publicação de alguns de seus escritos em inglês, francês e espanhol.
A formação profissional e os profundos vínculos dessa com sua produção e atuação, conferem a Lourenço Filho o perfil de intelectual educador. Apesar de ter exercido cargos na administração pública federal – como diretor de gabinete de Francisco Campos (1931), como diretor geral do Departamento Nacional de Educação (nomeado por Gustavo Capanema, em 1937) e como diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (1938-46) foi, sobretudo um professor e um estudioso de assuntos didático-pedagógicos.
Dedicando-me a estudar as epistemologias, genéticas de Piaget de Jean William Fritz Piaget (Suíça 1896 – 1980) da Formação Social da Mente de Vigotsky de Lev Semonovith Vigotsky (Bielo-Russia 1896 – 1934) e Educação Dialética de Wallon de Henry Paul Hayacinthe Walon (França 1879-1962) dentre outras de pensadores estrangeiros, não imaginei que me recorreria ao “vizinho” Lourenço Filho de Porto Ferreira bem próximo de Cordeirópolis minha terra natal, quando em abril de 1997 iniciei meus estudos para construir uma pedagogia genuinamente brasileira para possibilitar à Escola de Ensino Fundamental levar as nossas crianças a conquistarem ao adentrar na adolescência, uma qualidade nos seus pensamentos involuntários de sentido e direção de vida ainda melhor que de seus próprios Pais estabelecendo um circulo virtuoso para melhorar a vida da população de forma crescente e continuada.
Se Cordeirópolis tem João Pacifico como era conhecido o grande compositor João Baptista da Silva como seu filho mais ilustre, Porto Ferreira tem em Lourenço Filho motivo de orgulho de ser a terra natal de um de nossos maiores pensadores da educação que dedicou a sua vida para a pedagogia pensando sempre a Escola Pública como a instituição maior para proporcionar à criança as bases de uma vida saudável, próspera e feliz e inspirado em sua inteligência e criatividade eu consegui depois de 14 anos de estudos, pesquisas e trabalhos experimentais conceber a ESCOLA AFETIVA com uma pedagogia mais sensitiva e menos cognitiva que contempla e aborda fortemente o “holopensene” que é o mesmo pensamento, sentimento e energia do grupo familiar do aluno nestes modernos tempos em que a educação das crianças deixou de ser feita presencialmente pelos Pais, que implica na necessidade de numa pedagogia nova, adequada e eficiente para que a Escola além de instruir passe a educar os seus Alunos para que mantenham e até melhorem a auto-estima e em decorrência, a admiração e respeito ao Professor que assim terá maior facilidade para transferir conhecimentos com um melhor aproveitamento e rendimento escolar.
A Biblioteca Municipal de Porto Ferreira recebeu o nome de Lourenço Filho, uma homenagem ao ilustre ferreirense.
Com informações do palestrante Antonio Carlos Dela Coleta, de Cordeirópolis.