A Incubadora de Empresas de Porto Ferreira, apoio oficial a empresas nascentes no município, terá seu projeto interrompido por uma série de fatores para retornar de forma sólida e com o apoio do Sebrae.
A Incubadora foi criada no governo André Braga, por meio da lei municipal 2.053, de 27 de novembro de 1997. O prédio escolhido naquela oportunidade para abrigar cerca de dez novas empresas foi a antiga descaroçadora de algodão da Fiação Amélia, na então avenida 24 de Outubro, atualmente denominada avenida Engenheiro Nicolau de Vergueiro Forjaz. Até a presente data o imóvel continuou sediando a incubadora.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) foram parceiros da Prefeitura por cerca de uma década nessa jornada socioeconômica. A Fiesp e o Ciesp, por exemplo, encerraram a parceria em novembro de 2007.
Em 15 anos, muitos casos de sucesso aconteceram. Mas, remodelações na Fiesp/Ciesp e no Sebrae fizeram com que as entidades deixassem de participar da Incubadora, a qual teve sequência com um formato municipalizado. Este modelo, no entanto, não havia sido formalizado por meio de um novo convênio com entidade local ou por lei específica e funcionou somente às expensas da Prefeitura.
A nova Administração Municipal encontrou a Incubadora em 2013 com apenas três empresas em atividade, naquele antigo prédio que está em péssimas condições de conservação e cujo contrato de locação já está vencido, exigindo imediata devolução do imóvel aos seus proprietários, os quais irão reformá-lo para outra destinação. Essa reforma era tão premente que, inclusive, já foi até iniciada no dia 2 de janeiro.
Dori Américo, diretor do Departamento de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, ao assumir a pasta no início deste mês já se reuniu com os empresários e com a gestão do projeto, consultou a assessoria jurídica e o Departamento de Finanças do município e constatou diversos problemas: atraso de oito meses no pagamento de aluguel; a ausência de uma personalidade jurídica que dê legitimidade ao projeto; e até mesmo a ausência de consultorias aos empresários, descaracterizando o verdadeiro objetivo da Incubadora, que deveria dar apoio técnico de administração aos incubados.
Assim sendo, decidiu interromper o atual estágio e para voltar com uma nova proposta e um formato ideal, contemplando todas as consultorias necessárias, tais como custos, administração financeira, marketing e vendas, design, participação em feiras etc., tudo isso em instalações adequadas e retomando o apoio do Sebrae.
A presença da entidade, aliás, já está sendo notada mesmo nesta fase de mudanças. O gerente da regional São Carlos, Paulo Sérgio Cereda, participou da reunião entre Prefeitura e empresas incubadas e declarou apoio à decisão que foi adotada e também se colocou a disposição para construir um novo modelo de gestão para o projeto de empresas nascentes em Porto Ferreira.
A previsão para que este novo modelo de condomínio de empresas nascentes seja elaborado recai sobre o segundo semestre deste ano.
As três empresas presentes na atualidade terão prioridade para ocuparem os futuros boxes e, nesse intervalo de tempo, deverão desocupar o prédio e buscar instalações próprias, ainda que provisoriamente.
“Herdamos um projeto que já estava sem qualquer condição de funcionamento e prolongá-lo desta forma seria incoerência e contraproducente. Os empreendedores de Porto Ferreira precisam de um apoio sério e muito comprometido com resultados positivos. Da maneira sucateada como estava a Incubadora, não havia a menor condição de continuidade. Para que este novo modelo de fomento ao empreendedorismo se torne realidade já estamos nos mobilizando e com vontade política e foco administrativo, bem como com apoio do Sebrae e de entidades representativas do setor econômico, vamos elevar o nível de atendimento a todos os que querem empreender em Porto Ferreira”, finalizou Dori Américo.
Fonte: AC