Diretores e funcionários do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) realizaram um manifesto na manhã de quarta-feira, 31, em frente à agência do Bradesco da Vila Paulista, em Piracicaba. Os sindicalistas permaneceram por mais de duas horas no local para dar início a Campanha Salarial 2013 e contra o assédio moral.
O local foi escolhido em função do alto índice de assédio moral sofrido pelos funcionários, apontado através de pesquisa realizada pelo Sindicato neste ano. Dez funcionários estão lotados na agência do Bradesco da Paulista, sendo que 44% afirmaram que já sofreram algum tipo de assédio moral. Com os dados apurados, constatamos o problema, mas também apontamos a solução. “Trouxemos a psicóloga do Sindicato para conversar com os funcionários do Banco e explicar o que é assédio moral, quais são os tipos de assediadores e qual a solução para enfrentar casos como esse”, afirmou o presidente do SINDBAN, José Antonio Fernandes Paiva.
Enquanto a psicóloga Nahara Leite Ribeiro explicava sobre o assunto aos funcionários da agência, os dirigentes sindicais distribuíam aos clientes e a população em geral folders do Sindicato explicando o que é assédio moral e as formas de tratar o assediado e o assediador. Existe caso da funcionária que não aguentou a pressão e pediu demissão. Existem formas de você estimular seus funcionários, seja de um banco ou uma loja, para vender, trazer mais resultados.
Paiva acrescentou outro dado importante com referência ao lucro do Bradesco. “O Banco apresentou um lucro de quase R$ 6 bilhões no semestre, porém registrou um alto índice de demissões. Além disso, o salário de um executivo é 130 vezes maior que o piso salarial de um bancário praticado em uma agência. Essa diferença é exorbitante e, com tanto lucro, não haveria motivo para cortar tantos empregos.
ASSEDIO MORAL é definido como todo comportamento abusivo por gestos, palavras e atitudes que ameacem a integridade física ou psíquica de uma pessoa.
Quem é agredido sente medo, vergonha, raiva e acaba perdendo a motivação no trabalho, o rendimento cai e, com isso, sofre mais pressão. O resultado disso são as doenças ligadas ao transtorno de ansiedade e depressão, levando a pedidos de demissão.
Fonte: Sindban – Jornalista Michelle Bottin