Uma nova proposta, que eleva para 8% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste salarial, foi apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na madrugada de hoje (11). A proposta, apresentada após o 22º dia de greve, será levada agora às assembleias para ser votada.
O comando de greve está orientando os sindicatos a promover assembleias até segunda-feira (14) e a aceitar a nova proposta, que inclui ainda reajuste de 8,5% do piso salarial (ganho real de 2,29%) e de 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela individual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
As negociações feitas ontem com a Fenaban duraram 16 horas. A compensação dos dias parados será feita de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro, com uma hora extra diária.
Caso a proposta seja aceita, os bancos afirmam que as diferenças devidas – a data-base é 1º de setembro – seriam pagas na folha de novembro. Uma parcela da PLR viria dez dias após assinatura e outra em março.
A alteração na proposta se dá uma semana depois da categoria ter rejeitado a segunda oferta. No início desta semana, o movimento atingiu o maior nível de adesão desde o início da greve, há 22 dias, comentou Aldo Fio Rocha, diretor do sindicato dos bancários de Piracicaba e região e delegado da federação dos bancários de São Paulo e Mato Grosso.
Fontes: Agência Brasil e Sindicato dos Bancários
Fotos: Sindicato dos Bancários