As Palavras se tornaram um requinte de crueldade e baixo escalão a serem servidas em pratos quentes; de porcelanas e com aspecto de cristal.
Os tolos as distribuem ao vento, como quem jogam fezes na tempestades e depois as escondem no mar morto da consciência, para usá-las futilmente quando necessário.
O sábio as alimentam como se fosse vitamina e as guarda na consciência para utilizá-las como exercício da mente e cartão postal da alma.
Para a Futilidade as palavras servem como boemia da ignorância e destituídas de pudor; está aquém da periferia do entendimento ético e moral, sucumbindo ao caos, é vergonha para a fraternidade e nojeira à PAZ.
Feliz é o indivíduo que se fere com as Palavras e as transformam em cartão postal da liberdade, para fluir além do benefício da dúvida.
O mestre dos triunfos e da glória não nasce num exército de palavreados de baixo escalão e nem tão pouco no descontrole dos bastardos inglórios. É o Humilde que sabe policiar a própria liberdade para entender que muitas vezes os elogios viciam, mas as críticas despertam. As águias não nascem no ninho das rosas, mas no coração da adversidade sabe voar para alcançar horizontes além da liberdade e do triunfo, onde somente os perseverantes conseguem vislumbrar, porque possuem uma visão de herói. Visão que a massa cinzenta titubeia sempre no mesmo tom das palavras, num círculo vicioso de exaltação.
Beleza ainda há nas Palavras do mundo pós moderno, mas o melhor de tudo é salvar a modéstia, em estado de extinção em um mundo que acha que viver na antipatia é o mesmo que possuir maestria na alma, benevolência alcançada somente porque quem faz jus as Palavras. (Por Alex Magalhães.)