Maconha faz tão mal (ou mais) do que as outras drogas ilícitas

Com referência à dependência gerada pelas drogas, toda substância entorpecente (seja ela lícita – álcool e cigarro – ou ilícita – maconha, crack, cocaína e êxtase) possui cada qual um grau de dependência; ou seja, diferenciadas capacidades para viciar ou manter no vício o seu usuário, o que equivale dizer que umas têm o poder de viciar mais facilmente do que outras ou de manter na dependência o seu usuário.
Para se saber e entender com propriedade os graus de dependência das substâncias entorpecentes, dentro da divisão clássica de drogas em lícitas (álcool e cigarro) e ilícitas (maconha, crack, cocaína, etc.), pode-se afirmar, categoricamente, que as últimas possuem graus muito mais expressivos do que as primeiras.

Passando-se para uma análise das principais drogas ilícitas (ilegais): a maconha, a cocaína e o êxtase possuem um grau de dependência de 80% (oitenta por cento), e o crack acarreta um grau de dependência de 90% (noventa por cento); isso significa que de cada 10 (dez) usuários de maconha, êxtase ou cocaína, 08 (oito) ficarão necessariamente dependentes e apenas 02 (dois) usarão esporadicamente; já no caso do crack de 10 (dez) usuários, 09 (nove) ficarão reféns da droga e apenas 01 (um) escapará. Ressalta-se, aqui, que a droga ilícita possui elevados graus de dependência (80 e 90%), o que gera uma dificílima recuperação e saída do vício.

Ainda sobre esse assunto (os graus de dependência), constata-se que quanto maior o grau, mais fácil e mais rápido é a pessoa se viciar e, conseqüentemente, mais difícil de se libertar do vício. Para se comprovar essa assertiva, basta se fazer um paralelo com o cigarro. Esta droga (o cigarro) possui, como dito anteriormente, um grau de dependência mediano (50%), e, mesmo assim, cotidianamente, verifica-se que várias pessoas tentam parar de fumar, se esforçam, e por fim não conseguem; essa dificuldade em largar do vício, vale ressaltar, ocorre com uma droga apenas mediana; agora, imaginem se é fácil alguém se libertar do vício de uma droga com grau de dependência de 80 e 90% (oitenta e noventa por cento)? É dificílimo. É por essa razão, por não conseguirem se desvencilhar do uso de drogas (nem mesmo estando ou passando por caras clínicas de recuperação), é que muitas pessoas retornam ao consumo e, muitas vezes, ao próprio crime para sustentar esse vício.

Algumas drogas, pelos seus elevados graus de dependência, propiciam que o usuário vá direto, muitas vezes, da 1ª para a 4ª fase, pulando (suprimindo) as 2ª e 3ª fases. É o caso do crack, por exemplo, que devido ao seu altíssimo grau de dependência, pode levar uma pessoa à dependência (direta) quando de sua primeira utilização, além de deixar extremamente agressivo o seu usuário. Já com referência às outras drogas (principalmente as lícitas – álcool e cigarro), por terem um menor grau, as quatro fases são bem definidas e a dependência se dá de forma gradativa. O aspecto emocional também influencia na agilidade da dependência; vale dizer: via de regra, quanto mais ansiosa (emocionalmente) é uma pessoa, mais fácil é esta se viciar e mais difícil é se libertar do vício.

Além disso, todas as drogas são depressivas, sendo a maconha uma das mais depressivas que existe, razão pela qual aquela estória de que a maconha não faz mal é puro folclore ou frase dita por quem é usuário de maconha e quer justificar seu vício. É comprovado cientificamente: a maconha é a droga mais depressiva que existe, e que costuma deixar a pessoa preguiçosa e sem vontade das coisas, além de ser hoje a principal porta de entrada para a cocaína, crack e êxtase.

Por fim, as drogas produzem artificialmente uma substância que também é naturalmente produzida pelo organismo, qual seja a serotonina (substância essa que traz ao homem sensação de bem estar). Todavia, a droga é tão perversa que esta produz uma taxa tão elevada que naturalmente o corpo humano não consegue mais equilibrar; assim, consolida-se a dependência pelo entorpecente, sendo que o viciado, de forma contínua, tem que repor as altas taxas de serotonina, pois sua memória cerebral já gravou aquela condição e seu organismo não consegue mais ficar sem a referida reposição para o complemento dessas altas taxas. Por isso, jamais arrisque: nunca experimente droga, ou deixe seu filho experimentá-la.

O autor do texto, Cap PM Marcelo dos Santos Sançana, é o Comandante da Polícia Militar de Porto Ferreira.

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