Há tempos, jornalistas esportivos vêm tentando alertar ao mundo a respeito de corrupção no futebol. Segundo eles, a prática de manipulação de resultados e interferências diretas de juízes de futebol em determinadas partidas, para favorecer determinadas equipes, tem sido algo notório e quase que invisível.
Aquilo que as vozes de alerta tanto anunciava, veio à tona quando o FBI realizou uma operação na FIFA, que levou à prisão de sete dirigentes da FIFA e cinco executivos indiciados por extorsão e corrupção. E não é de admirar que dirigentes brasileiros estivessem envolvidos. Entre os detidos, está o ex-presidente da tão contestada CBF, José Maria Marin.
O que chocou o País inteiro, quando a seleção brasileira de futebol, perdeu de forma bizarra, a final da Copa de 1998 para a França, passou de ser apenas uma simples coincidência para uma possível realidade. Por causa desses e outros fatos, desisti de assistir futebol. Não vou passar noventa minutos de meu sagrado tempo, assistindo um entretenimento suspeito e controverso, para não dizer, corrupto.
Dessa prática esportiva, vou levar como lembranças apenas o tempo de adolescência e juventude, quando praticava as famosas peladas no final de semana. Como esquecer aquela partida memorável realizada no campo da antiga Farinheira. Éramos todos adolescentes, fominhas e com o desejo âmago para vencer, disputando uma dessas peladas contra o experiente time da Farinheira.
Assim que a partida iniciou, começamos nossa correria desesperada para aplicar uma goleada na equipe adversária. Saímos no primeiro tempo ganhando de 4 a 0 e fazendo graça, debochando do outro time, que saiu para o intervalo como se o jogo estivesse 0 a 0. No entanto, não demorou muito para que o time da Farinheira empatasse o jogo e começasse entre nossa equipe um verdadeiro fuzuê. A garotada que estava achando os maiorais, teria que aprender uma grande lição de vida. Começou uma onda de discussão e brigas, desestabilizando o psicológico de quem não sabia lidar com a adversidade. E não demorou muito para que a equipe da Farinheira virasse o jogo para 5 a 4.
Dessa forma terminou o jogo. 5 a 4 para equipe da Farinheira e na saída, um experiente senhor disse: -É, juvenis! Vocês têm que aprender muito ainda com o futebol. – Confesso que aprendi mesmo. Aprendi que o futebol é uma fábrica de milhões, que diz respeito a apenas uma minoria. Há uma elite que controla a massa, que manipula resultados e estorce fatos, para favorecer a conta bancária de poucos.
Se futebol é paixão e emoção, acredito que isso sempre estivera fora das quatro linhas do gramado. Porque dentro dele, há uma nuvem negra pairando e mostrando a conspiração que existe contra esse esporte mundial. Quem pode contestar isso? Os atletas que estão envolvidos no eventos? Esses normalmente costumam silenciar, porque sabem que o tempo é o professor que professa o irreal, atarefado que não escuta em hora de grande silêncio as leis que balançam o mundo beijar a mão da hipocrisia. (Por Alex Magalhães)