Greening atinge 18% dos pés de laranja; Porto Ferreira fica na macrorregião mais afetada

Um levantamento realizado pelo Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura aponta que 17,89% das laranjeiras do parque citrícola de São Paulo e das regiões do Triângulo e Sudoeste de Minas Gerais têm greening (HLB), doença que compromete a produtividade dos pomares.

O número corresponde a 35 milhões de plantas doentes no campo, destas 44% apresentam sintomas severos, o que significa uma perda de produção ao redor de 50% nas árvores afetadas, devido à redução do tamanho e à queda prematura de frutos.

Na comparação com 2012, quando foi realizado o último levantamento, a incidência do HLB aumentou 159%.

A macrorregião mais afetada é a Sul, onde ficam as regiões de Limeira, Porto Ferreira e Casa Branca, que tem 42,5% das plantas dos seus pomares com sintomas da doença. Em seguida está a macrorregião Centro, que engloba as regiões de Matão, Brotas e Duartina, com 23,57% de suas laranjeiras afetadas.

“Os números indicam que o citricultor tem que ser rigoroso na adoção das medidas de manejo da doença no seu pomar e nas áreas vizinhas, com controle sistemático do inseto transmissor e a eliminação de plantas doentes”, afirma o gerente geral Juliano Ayres.

CVC cai 80%

Para realizar o estudo, o Fundecitrus avaliou, nos meses de junho e julho, 24,2 mil plantas em todas as regiões do parque citrícola, estratificadas de acordo com variedade, idade e tamanho de propriedade. Foram observados a presença ou ausência de sintomas e sua severidade. Após a vistoria de campo, foi feita uma auditoria com novas inspeções e análise laboratorial.

O Fundecitrus também avaliou a incidência de Clorose Variegada dos Citros (CVC), conhecida também como “amarelinho” e constatou que a doença teve uma redução de 82% nos últimos três anos. Atualmente, 6,77% das laranjeiras do parque citrícola apresentam sintomas. O último levantamento, que foi realizado em 2012, apontava que 37,57% das plantas tinham CVC.

A doença teve decréscimo em plantas de todas as idades. Nas plantas jovens (com menos de 2 anos) se tornou praticamente inexistente. Também houve redução expressiva nas plantas mais velhas (acima de 10 anos), grupo que era o mais atingido pela doença e caiu de 61,33% das plantas em 2012 para 13,67%.

Contribuíram para este resultado a mudança no sistema de produção de mudas para estufas cobertas, no ano de 2003, o controle do inseto transmissor e a retirada árvores doentes, com a renovação dos pomares.

“Todo problema complexo tem uma curva de aprendizado e a incorporação de uma nova visão se faz necessária. Hoje a citricultura está colhendo os frutos de uma pesquisa atuante e da adoção intensa das medidas de manejo da CVC pelo citricultor, mostrando que é possível reverter os prejuízos causados por uma doença grave. Isto deve servir de exemplo a ser seguido no caso do HLB, que é maior desafio da citricultura brasileira e mundial”, afirma Ayres.

Fonte: Fundecitrus

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