A prefeita de Porto Ferreira, Renata Braga, determinou na manhã desta quarta-feira (24/02) a abertura de uma sindicância para apurar ocorrência registrada no prédio da futura UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município, localizada no antigo aeroporto, atrás da Faculdade Asser.
Equipes de reportagens estiveram na tarde de ontem no local e registraram materiais do Departamento de Saúde espalhados numa sala, como prontuários de pacientes, além de registrar aparelhos de medir pressão arterial e medidor de glicose em caixas abertas. No momento desses registros não havia nenhum funcionário no local e, de acordo com as reportagens, o portão estaria aberto. Além da imprensa, segundo uma das reportagens, também esteve presente no local uma moradora – que teria feito a denúncia a uma equipe de TV – e ainda o vereador Miguel Bragioni Lima Coelho.
Hoje pela manhã a prefeita esteve no prédio da UPA, juntamente com o diretor do Departamento de Saúde, Geraldo Alencar Ribeiro, o procurador do município e o chefe da Divisão Jurídica Contenciosa.
Uma sindicância será aberta para apurar responsabilidades e também foram colhidas novas informações para fazer um aditamento ao boletim de ocorrência que fora lavrado na Polícia Civil ainda na terça-feira.
Segundo apurações preliminares, o portão de entrada foi arrombado no momento em que o servidor que trabalha no local como vigia não estava presente. Também foi constatado que as fichas de prontuários foram retiradas de caixas lacradas e espalhadas, possivelmente como forma de montar uma cena. O mesmo acontece com as caixas dos materiais médicos, que foram abertas.
De acordo com Geraldo Ribeiro, os materiais e fichas estavam ali por motivo de falta de espaço em outras Unidades de Saúde. Os materiais (medidores de pressão e glicose) são consignados de empresas cujos contratos já venceram e aguardavam serem retirados pelas mesmas, tratando-se assim de material inservível.
“Estamos tomando providências necessárias internamente e também junto à Polícia Civil para a apuração correta dos fatos, com muita transparência. É uma ocorrência lamentável e que possui pontos obscuros que deverão ser esclarecidos em breve”, disse a prefeita Renata Braga.
UPA
As obras da UPA custaram R$ 2,2 milhões, sendo que R$ 1,4 milhão foram do Governo Federal e o restante contrapartida do município. O prédio ainda não entrou em funcionamento porque o município aguarda a liberação de recursos do Ministério da Saúde, na ordem de R$ 600 mil, para poder equipar o prédio.
Além disso, o local onde a UPA foi construída, indicado no governo passado, carece de infraestrutura, como acesso asfaltado, energia elétrica, etc., o que vai demandar mais custos para o município.
Fonte: Assessoria de Comunicação