Entre os dias 15 e 17 de abril aconteceu na Casa da Cultura Elias dos Santos, no Centro 23Cultural Fepasa, a Semana Cultural Orestes Rocha, que prestou homenagem ao pesquisador, radialista e apresentador que muitos trabalhos desenvolveu em prol da cultura ferreirense.
A Semana Cultural Orestes Rocha foi criada por lei em 2007, mas não chegou a ser realizada todos os anos. Em 2015, a prefeita Renata Braga retomou a realização do evento, como forma de permitir aos artistas ferreirenses exibirem suas mais variadas manifestações.
Neste ano em questão, a família de Orestes, nas pessoas de sua filha Heloisa e os netos Carolina e João, estiveram presentes no evento, e receberam singelas homenagens em nome dele.
“Fiquei muito feliz com a participação da família, sua filha Heloisa e os Netos Carolina e João. Orestes sempre foi um filho querido de Porto Ferreira, e é nosso dever manter sua memória viva para as próximas gerações” disse a Prefeita Renata Braga.
Orestes Rocha
Muito antes de ser criado o termo “multimídia”, Orestes Rocha já circulava por diversas vertentes da comunicação e da cultura. Ainda muito jovem, se aventurava pela poesia e pelo teatro.
Depois, trabalhou como locutor do antigo serviço de alto-falantes da praça Cornélio Procópio. Naturalmente, seria o primeiro radialista da cidade quando da fundação da Rádio Primavera, em 1962. O primeiro e também a voz mais bonita que já passou pelo rádio ferreirense, segundo muitos ouvintes.
O vozeirão também era a arma do mestre de cerimônias e apresentador de eventos Orestes Rocha. Ao microfone, narrou e apresentou praticamente tudo o que de importante aconteceu em Porto Ferreira. Mas não só aqui. Chegou a receber 15 troféus nos 15 anos em que apresentou os concursos e desfiles de Bandas e Fanfarras, do Festival Zequinha de Abreu, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, considerado o maior evento musical do país.
O Orestes Rocha agitador cultural foi responsável por diversas iniciativas. Realizou o primeiro Carnaval do Clube de Campo das Figueiras, em 1976. Organizou duas grandes exposições fotográficas na cidade. Participou de diversos festivais de música. Levantou a retrospectiva histórica do Porto Ferreira Futebol Clube. Montou o riquíssimo museu da Cerâmica Porto Ferreira. Fundou o Clube do Chorão, que por muitos anos reuniu mensalmente antigos ferreirenses e apreciadores da boa música.
Sua habilidade com as letras também era notável. Venceu o concurso regional de poesia, e outro de pequenos contos sertanejos, da Secretaria de Estado de Cultura.
Era um pesquisador compulsivo da história ferreirense. Por muitos anos, escreveu no jornal A Semana uma coluna baseada em suas pesquisas históricas. Muitos desses textos serviram de base para a Revista do Centenário de Porto Ferreira, que Orestes editou em 1996. Atuava também como uma espécie de consultor da história ferreirense.
Em setembro de 2006, Orestes Rocha emprestou seu nome a um Museu da Imagem e do Som, denominado Instituto Cultural Orestes Rocha, entidade fundada pelo hoje vereador Miguel Bragioni.
Veio a falecer pouco tempo depois, deixando muita saudade em amigos e familiares. Em 2007, uma lei municipal foi criada instituindo a Semana Cultural Orestes Rocha.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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