Na última quarta-feira, 15, atendendo convocação do Poder Legislativo, compareceu à Câmara Municipal o Diretor do Departamento de Administração da Prefeitura, Sr. Antonio Marco Louzada, para prestar esclarecimentos a respeito da falta de cobertura de plano de saúde para aproximadamente 1.600 pessoas, entre servidores ativos, inativos e dependentes, que estão sem assistência médica desde o rompimento do contrato de convênio entre a empresa Medporto e a Prefeitura Municipal.
A reunião foi presidida pelo Vereador Luiz Antonio de Moraes (Maguila) e contou com a presença dos Vereadores Antonio Lourenço (Galego), Edite Sebastião, Élcio Arruda, Miguel Bragioni, Patrícia Marques, Rômulo Rippa e Sérgio Martins. Também compareceram a reunião o representante do Conselho Municipal de Saúde, Prof. Paulo Bernardo e os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais Sr. Nivaldo Luiz do Carmo, Presidente, e Dr. Francisco Jorge Andreotti Neto.
O autor do requerimento que originou a convocação, vereador Luiz Antonio de Moraes, justificou que o objetivo da reunião era apurar informações sobre o motivo do rompimento do contrato entre Medporto e Prefeitura, bem como, saber quais são as ações e alternativas que a Administração Municipal possui, visando oferecer cobertura de plano de saúde para aqueles que hoje se encontram sem o benefício médico.
O Diretor Administrativo inicialmente fez uma explanação sobre os trabalhos que a Administração vem realizando, no sentido de encontrar uma nova operadora de plano de saúde que ofereça cobertura compatível aos ganhos salariais dos servidores.
Após a fala inicial de Louzada, foi aberta a rodada de perguntas e respostas. Fizeram questionamentos ao Diretor Administrativo os vereadores, os representantes do Sindicato, do Conselho Municipal de Saúde e os servidores que estavam presentes à reunião.
A seguir resumo dos principais esclarecimentos:
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A Prefeitura Municipal realmente teve vários atrasos nos pagamentos nos meses que antecederam o rompimento do contrato. Em alguns casos, o pagamento da parte patronal chegou a atrasar cerca de 50 dias.
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Apurou-se também, que ocorreram atrasos no repasse do valor correspondente a parte dos servidores, onde a Prefeitura reteve o dinheiro por alguns dias, até ter os valores para pagar a Medporto.
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Foi justificado pelo Diretor da Prefeitura, que os atrasos no pagamento tanto da parte patronal como na dos servidores, se deu por falta de recursos.
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Foi demonstrado por documentos, que a Medporto protocolou um ofício no dia 19/10/2015, informando que os pagamentos estavam em atraso e que se não fossem pagos haveria o rompimento do convênio; que no dia 28/10/2015, foi agendada pela própria Prefeita Municipal uma reunião às 11hs30, no departamento de Saúde, com a direção da Medporto para discutir os pagamentos em atraso e possível rompimento do convênio, e que a Prefeita não compareceu a esta reunião, o que motivou o protocolo do pedido de rompimento do convênio. O Diretor Administrativo, justificou que não tinha esta informação.
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Foi questionado sobre o que a Prefeitura está fazendo com o valor que está deixando de pagar todos os meses com a falta de um plano de saúde aos aproximadamente 800 servidores, o que representa um valor de aproximadamente 80 mil reais por mês da parte patronal da Prefeitura; foi informado pelo Diretor que este valor está sendo consumido pela Prefeitura em outras ações, pois a Prefeitura está com dificuldades até para a folha de pagamento. Este valor não está sendo depositando em uma conta ou feito uma reserva, já a mais de 3 meses está sendo consumido pela Administração Municipal.
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Quanto aos valores apresentado pelo Diretor da Prefeitura, pelas propostas que receberam até o momento de dois planos de saúde, variam entre R$ 250,00 a R$ 560,00 por pessoa e não haveria mais plano familiar, ou seja, teria que pagar por pessoa da família, podendo chegar a valores maiores dependendo da idade.
Exemplos:
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se um servidor que é casado e não tem filhos, e for pagar em média R$ 300,00 por pessoa terá um custo mensal de R$ 600,00 para manter o convênio e a Prefeitura pagaria R$ 153,00 deste valor, sendo o restante por conta do servidor.
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outro exemplo se o servidor é casado e tem dois filhos, e for pagar em média R$ 300,00 por pessoa, terá um custo mensal de R$ 1.200,00 para manter o convênio e a Prefeitura pagaria R$ 153,00 deste valor, sendo o restante por conta do servidor.
Os Vereadores cobraram do Diretor da Prefeitura, que a Administração Municipal dê uma solução a este problema o mais breve possível, pois os servidores estão tendo muitas despesas e passando por muitas dificuldades pela falta do plano de saúde.
“Esta é uma situação que foi criada pela Prefeita Municipal e precisa ser resolvida o mais rápido possível, os servidores, aposentados, pensionistas e seus familiares, não podem pagar, pelas irresponsabilidades da administração em não pagar em dia o convênio, não negociar reajustes, e não comparecer uma reunião tão importante, iremos acompanhar e continuar cobrando uma solução da Prefeita”, disse o vereador Maguila.
Os vereadores afirmaram que estão ao lado dos servidores e aposentados, que irão se empenhar na busca de uma solução para este problema e se colocaram à disposição para colaborar no que for de competência da Câmara e acordaram com o Diretor de Administração da Prefeitura, que toda semana este assunto será tratado nas sessões ordinárias, e que a cada novidade o Diretor irá informar o Presidente da Câmara sobre este assunto.
Fonte: Luiz Antonio de Moraes