O Brasil é país campeão mundial de biodiversidade, mas apesar de toda esta riqueza, ainda pouco se conhece sobre esse valioso tesouro.
Os colecionadores de frutas e viveiristas, em busca de novas descobertas e experiências também acabam prestando uma importante missão: testar novas espécies e demonstrar que é possível diversificar a produção de alimentos com a adoção de novos cultivos. Tarefas importantes, tendo em vista que atualmente a dieta de nossa sociedade depende de poucas espécies alimentícias.
Da Floresta Amazônica surge mais uma novidade para nossa região, uma espécie frutífera que se adapta ao nosso clima e solo, porém exige irrigação em períodos de estiagem prolongada.
Trata-se da Campomanesia lineatifolia, no Brasil é conhecida como gabiroba-da-Amazônia. Fruta perfumada e saborosa, mais ácida e menos perecível que a gabiroba nativa de nossa região.
O fruto é agradável para o consumo ao natural, ou preparada como mousse, suco e sorvete.
O que chama a atenção nesta fruta é o tamanho, pois chega a 5 cm. de diâmetro, bem maior que a nossa gabiroba-do-cerrado que possui cerca de 1,5 cm. de diâmetro.
Estudos da Faculdade de Farmácia da UFMG também mostram que esta espécie amazônica é rica em flavonoides e taninos, estes compostos químicos produzidos pela gabiroba-da Amazônia, trazem diversos benefícios à nossa saúde. As comunidades tradicionais da Amazônia utilizam esta espécie para cura de úlcera gástrica, diarreias e como cicatrizante.
As imagens acima foram tiradas de um pomar doméstico na cidade de Porto Ferreira. O exemplar que está agora com quatro anos de idade, conta com sua primeira frutificação com produção de mais de trezentos frutos.