A Prefeitura de Porto Ferreira, por meio da Seção de Agricultura da Secretaria de Infraestrutura, Obras e Meio Ambiente, em parceria com a Casa da Agricultura, realizou no final da tarde da última quinta-feira (19/10), no Anfiteatro da Faculdade Asser de Porto Ferreira, a palestra “A situação atual do greening em Porto Ferreira e atualização de manejo”.
Considerada uma das piores doenças na citricultura, o greening (huanglongbing/HLB) permanece alto no parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais. De acordo com o levantamento do Fundecitrus 2017, divulgado em junho, a doença contamina 16,73% das plantas do parque, o que representa 32 milhões de árvores doentes.
As regiões sul e centro paulista apresentaram maiores incidências da doença, com 32,26% e 24,76%, respectivamente. As regiões mais afetadas são Limeira, com 39,48%, Brotas, com 36,80%, e Porto Ferreira, com 25,48% dos pomares contaminados. Ou seja, o município ferreirense é o terceiro no Estado em incidência da doença.
O greening foi identificado em 2004 no parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais, principais Estados produtores de citros do Brasil. Nesse período, já causou a erradicação de 100 mil hectares e a eliminação de 46 milhões de plantas.
O psilídeo Diaphorina citri é o inseto transmissor da bactéria que causa a doença e ele vive em plantas de citros. As árvores de pomares abandonados, mal manejados e de quintais na área urbana e rural, que não tem o controle do psilídeo e a eliminação das doentes, e que são importantes criadouros do psilídeo e da bactéria do greening. Por isso, para controlar o greening é necessário o engajamento do setor público e privado e também a participação da sociedade.
O greening é considerado um problema econômico e social, já que a citricultura movimenta anualmente US$ 14 bilhões e gera 200 mil empregos diretos e indiretos (dados de estudo da Markestrat) em cerca de 350 municípios do cinturão.
A palestra contou com o apoio das empresas Syngenta e Lemefértil.
Fonte: Assessoria de Comunicação