Governo sobrecarrega duplamente o transportador autônomo

Para resolver o desequilíbrio fiscal e os problemas de gestão da Petrobrás, Governo onera setor de transportes

O aumento constante nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel está deixando a situação insustentável para o transportador autônomo. As recentes paralisações feitas em diversas rodovias do país refletem o desespero e a insatisfação da categoria, que não têm seus pleitos ouvidos pela Governo. 

Além da correção quase que diária dos preços dos combustíveis realizado pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos custos por parte do transportador, os tributos PIS e Cofins, majorados em meados de 2017 com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do Governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios.

Segundo o economista Leonardo Tostes, o diesel e outros combustíveis são o principal item de custo do segmento de transportes, que tem um impacto direto de 22% do IPCA, o principal índice de inflação ao consumidor no Brasil.

Devido a isso, Tostes acredita que tanto a carga tributária quanto a política de preços da Petrobras devem ser reavaliadas para que a atividade não pressione a inflação quando a economia voltar a crescer em patamares razoáveis.

Repasse do reajuste no valor do frete

A NTC & Logística publicou nota recomendando às empresas transportadoras que passem a reajustar seus fretes todas as vezes que o aumento do combustível nas distribuidoras acumular 4% mantendo, desta forma, o seu equilíbrio financeiro.

Seguindo o mesmo entendimento, o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, orienta a todos os caminhoneiros autônomos que também façam o devido reajuste na cobrança do frete, já que o diesel representa quase 42% dos custos na atividade de transporte.

“Sabemos que o consumidor final sofrerá com os impactos do aumento do frete. Mas enquanto o Governo continuar com os altos tributos sob o combustível, não teremos outra alternativa”, comenta Fonseca.

Soluções

Como a utilização de veículos movidos a diesel é grande no Brasil, a Abcam sugere a redução da tributação sobre o combustível que pode resultar em queda expressiva nos custos de produção agropecuária, no preço do frete dos alimentos e nas tarifas do transporte em geral, o que beneficiará diretamente toda a cadeia produtiva, do fornecedor ao consumidor final.

Transporte Rodoviário de Cargas

O modal rodoviário é o principal meio do transporte de carga do país e conta com uma rede de 1.720.156 quilômetros de estradas e rodovias nacionais (a quarta maior do mundo), por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas no território brasileiro. 
Segundo os dados do IBGE, o transporte rodoviário de cargas é o modal que mais gera riquezas no Brasil, sendo responsável por 55,2% do PIB do setor de transporte.

Por Ascom/Abcam

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