O trabalho nos canaviais é revelado em “Vidas talhadas no avesso da história”

“Vidas talhadas no avesso da história” é uma coletânea de estudos sobre o trabalho nos canaviais, organizada pelos sociólogos Maria Aparecida de Moraes e Silva e Lúcio Vasconcelos de Verçoza, que foi lançada pela Editora Annablumen ontem quinta-feira, dia 25 de abril, às 19h30, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),  A coletânea foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.

O lançamento do livro aconteceu em conjunto com  o debate “Grilagem, Demarcação, Trabalho e Violência no Campo”, organizado pela Editora Annablume, o qual teve como convidados  Cazé Angatú – Território Tupinambá de Oliveira (Ilhéus/BA), Egnaldo Rocha – quilombola, doutor História Social (PUC-SP), Lúcio Verçoza – professor UFAL,Maria Aparecida Moraes – professora UFSCar e Maria do Rosário Peixoto – professora PUC-SP.

O livro reúne diversos estudos sobre o trabalho nos canaviais. “Nas últimas décadas, o Brasil tem se projetado como um dos maiores produtores de commodities do mundo, tais como soja, milho açúcar, café, carnes, minérios e sucos de laranja. Na contramão da visibilidade dos volumes gigantescos desta produção, há o ocultamento e, até mesmo, a negação daqueles (as) que labutam nestas terras.

Tal como no mito de Ariadne, os pesquisadores desta coletânea penetram nas profundezas dos canaviais paulistas e alagoanos, munidos de sólidas ferramentas teórico-metodológicas, a fim de descobrir a história/avesso desta produção. História relatada, vivenciada e sentida por homens, mulheres e crianças que deixam ou não suas terras, seus locais de origem em busca de trabalho.

São verdadeiros nômades que circulam de um canto a outro do país, deixando rastros que são apagados pela mesma engrenagem que os move. Este livro revela a empreitada movida pelos autores para desapagar os rastros e trazer ao palco os sujeitos que fazem esta história. Empreitada também movida pela utopia de desviar e descarrilhar a locomotiva que conduz ‘o lado direito’ da mesma história”. 

Os autores

1- Maria Aparecida de Moraes Silva

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1968), mestrado em Sociologie Du Dévéloppement Iedes – Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) (1978) e doutorado em Sociologie Du Développement Iedes – Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) (1980). Atualmente é livre-docente na Universidade Federal de São Carlos, PPG em Sociologia, e livre-docente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura e capitalismo, agricultura e modernização, exploração do trabalho modernização agrícola, trabalhadores rurais e migrantes e assentamentos rurais, relações de gênero e raça/etnia. É pesquisadora Nível 1A do CNPq. É professora visitante do programa de Pós-graduação em Sociologia da UFSCar com bolsa de Pesquisadora Senior da CAPES (2010-2014). Participa, na condição de professora colaboradora, do corpo docente do curso de Especialização, Maestria e Doctorado Sociología de la Agricultura latinoamericana da UNco, na Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de Comahue/Argentina. Integrante do Grupo do CLACSO Transformaciones agrarias y trabajadores rurales: Deste grupo participam pesquisadores do Uruguai, Argentina, Brasil, México, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Peru, Espanha, França e EUA. É coordenado pelos professores Maurício Túbio de la Universidad de la Repúbica/Sato do Uruguai e Germán Quaranta de la Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina. É líder de grupo do CNPq, Terra, trabalho, memória, migrações. Site do grupo da UFSCar: www.trama.ufscar.br

2- Lúcio Vasconcellos de Verçoza

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas (2010), mestre (2012) e doutor (2016) em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Tem atuado principalmente nos seguintes temas: agricultura e capitalismo, assalariamento rural, migração, conflitos de classe e saúde do trabalhador. É membro do Grupo de Pesquisa CNPq "Terra, Trabalho, Memória e Migrações", professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas, do curso de medicina do Centro Universitário CESMAC e do curso de direito da Faculdade SEUNE. Autor do livro "Os homens-cangurus nos canaviais alagoanos: um estudo sobre trabalho e saúde" (Edufal -Fapesp).

Serviço

Livro coletâneas: "Vidas talhadas no avesso da história"

Estudos sobre o trabalho nos canaviais

Organizadores:

Maria Aparecida de Moraes Silva

Lúcio Vasconcelos de Verçoza

Editora Annablume/ FAPESP 2018/14071-0 – ISBN é 978-85-391-0950-0

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