No domingo, dia 08 de setembro de 2019, ocorreu o evento denominado 1º Encontro de Crespas e Cacheadas, um evento encabeçado pela nossa companheira e militante da causa negra em Porto Ferreira, Jacqueline Theodoro de Souza (Jack), com apoio da prefeitura municipal.
O intuito desse encontro era celebrar a beleza negra, demonstrando à população ferreirense, em sua maioria negra, que devemos valorizar a beleza em suas múltiplas formas, para além dos padrões estéticos europeus, que apenas colocam os modelos estéticos europeus (cabelo liso, olhos claros, pele branca) como merecedores de valorização.
O evento, que se caracterizou como um enorme sucesso, que também superou as expectativas tendo que ser inclusive prorrogado por mais três horas.
Atividade concernente à lei 10.639/03, onde se fortalece a participação da comunidade negra nas manifestações culturais afro-brasileira.
Salienta que a Lei 12.888/2010 prevê políticas públicas desta natureza a comunidade negra.
No entanto, uma manifestação deste porte não poderia passar despercebida aos olhos daqueles que, por falta de índole, ética, moralidade e capacidade intelectual, não conseguem controlar o que de pior existe dentro de seu foro íntimo, tendo atacada não apenas a pdtista Jack Theodoro, mas também todas e todos que ali estiveram presentes.
Utilizando-se de um perfil falso (fake), um agressor anônimo proferiu injúrias raciais à companheira Jack ao chamá-la de “macaca” e afirmando que a companheira estava “juntando a macacada”. A atitude desprezível e covarde, assim como o seu agressor, foi publicisada pela companheira na mesma rede social (Facebook), em tom de desabafo, o que gerou uma forte comoção.
O fato em apresso claramente preenche o tipo previsto no art. 140 §3° do Código Penal Brasileiro (injúria racial), uma vez que, utiliza elementos referentes à raça, cor e etnia, a qual a lei penal prevê pena de detenção de 1 a 3 anos e ainda, pode ser aumentada de 1/3, conforme art. 141, inc. III do Código Penal, posto que praticado em meio que facilitou sua divulgação (rede social facebook), podendo assim atingir pena de até 4 anos de detenção.
O PDT de Porto Ferreira apoia toda a comunidade negra local, uma vez que defender as questões étnico-raciais é uma de nossas múltiplas bandeiras. Podemos nos orgulhar de termos tido em nossas trincheiras o sangue e o suor de um militante como Abdias do Nascimento, bem como de continuarmos esse movimento com mulheres como Gleides Sodré.
Ao pífio e covarde agressor, que necessita do anonimato para ofender uma pessoa, deixamos aqui um aviso: recolha-se a sua insignificância e assista.
Por Diretório Municipal do PDT de Porto Ferreira