A concessão dos serviços de Zona Azul (ou Área Azul) em Porto Ferreira divide opiniões. Incluindo a do próprio prefeito. Quando era vereador bradava do alto da tribuna o direito das entidades filantrópicas de usufruir da cobrança.
Desde que se tornou chefe do Executivo municipal vive a sanha de elevar a arrecadação e fazer crescer, nos cofres públicos, essa receita que ultrapassa o total de R$ 500 mil a cada semestre.
Se isso não bastasse, o Rotativo Porto Ferreira (nome fantasia de “Sistema de Estacionamento Rotativo Pago”) atinge um nível de insatisfação que alcança as redes sociais diariamente.
Na semana passada, uma usuária chamou a atenção para um problema de registro de pagamento e publicou um depoimento no Facebook.
“Pessoal, não joguem fora os tickets, pois hj ao estacionar meu carro fui logo em busca de um funcionário da Zona Azul, porém após 2 minutos veio outro funcionário e percebi que estava notificando meu automóvel!! Questionado do porquê da notificação, me disse que pela falta de adquirir o tickets. Peguei o ticket e provei que havia colocado corretamente. Pois bem, fui orientada a ir até a sede para comprovar que havia um erro no sistema. Resolvi postar como forma de orientação a todos”, escreveu como forma de alerta.
Uma professora procurou o site “Porto Ferreira Hoje” para relatar o mesmo problema. Segundo ela, a “máquina” emitiu o tíquete após o pagamento e o sistema não registrou. O funcionário do Rotativo, como consequência, aplicou a notificação por não haver o registro, que é uma falha. Como é habito dos usuários não guardar o bilhete ficou a “palavra contra a palavra” e o descontentamento. O saldo é uma multa de trânsito e pontos na Carteira Nacional de Habilitação, sempre como prejuízo para o motorista.
A fiscalização da concessão “do estacionamento rotativo” é prerrogativa pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de Porto Ferreira (ARMPF); e em determinadas situações como multas: a população deve procurar a Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana.
Por outro lado, a lei municipal que estabelece a exploração do estacionamento rotativo pago é uma “jabuticaba jurídica”, ou seja, foi mal elaborada, não atende aos anseios da sociedade e afeta constantemente o usuário, pelo lado negativo, além disso, o contrato de concessão é extremamente “bondoso” para a Empresa “Zona Azul” e bastante “maldoso” para a população ferreirense.
