A Desenvolve SP – O Banco do Empreendedor, instituição financeira do Governo de São Paulo, presenteia empresários, gestores públicos, estudantes e a sociedade paulista como um todo, com a divulgação de um estudo, inédito, sobre as características econômicas de cada uma das 16 Regiões Administrativas (RAs) do Estado.
O objetivo do mapa é possibilitar que o público conheça ainda mais as características específicas da sua respectiva região e, dessa forma, possa utilizá-las entre outras aspectos para empreender de forma mais assertiva e planejada.
Encomendado à Fundação Seade, instituição que é referência na produção de estatísticas socioeconômicas e demográficas, o estudo identificou as potencialidades, desafios e oportunidades das 16 RAs e, agora, a Desenvolve SP disponibiliza essas informações para mostrar São Paulo sob uma nova perspectiva.
Para realizar a análise dos setores estratégicos foram considerados indicadores importantes ligados à Competitividade Regional (geração de empregos), ao Porte das Empresas Locais (por empregados), Dinamismo (faturamento das empresas) e ao Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS).
Anúncios de investimentos produtivos divulgados na imprensa também fizeram parte do estudo e ajudaram a apontar tendências setoriais e regionais da economia paulista.
A Região
A força empreendedora da Região Administrativa de Campinas é conhecida em todo país. A RA tem estrutura econômica bastante diversificada e uma base industrial que contempla desde as atividades tradicionais até as mais especializadas, que envolvem ciência e tecnologia.
Além disso, possui agricultura moderna e integrada à indústria, bem como um sofisticado setor de serviços associados às dinâmicas industrial e urbana regionais.
O Mapa da Economia Paulista destaca o polo de produção tecnológica que se formou em função da grande concentração de centros de pesquisa e universidades públicas e privadas na RA de Campinas, atraindo cada vez mais empresas interessadas em se beneficiar desse ambiente produtor de conhecimento científico e de inovação tecnológica.
"Os municípios de Campinas e região contam com um ambiente que favorece o desenvolvimento de projetos disruptivos e de alta complexidade tecnológica.
Além disso, a RA apresenta condições demográficas bastante positivas como concentração populacional, População em Idade Ativa (PIA) e bons indicadores do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), características que contribuem para geração de mão de obra das empresas e fortalecem a economia da região, destaca Nelson de Souza, presidente da Desenvolve SP.
O estudo traz ainda dados referentes à geração de emprego nas indústrias, colocando como destaque o segmento de alimentos e de material de transporte – que engloba montadoras de veículos e fábricas de autopeças. Juntos, os dois setores correspondem a quase 30% do total de empregos formais na RA.
Vale ressaltar que dentro da RA de Campinas estão inseridos 10 Polos de Desenvolvimento do Estado (programa do Governo paulista que impulsiona a competitividade e a produtividade de setores já instalados de forma aglomerada no território), incluindo os segmentos destacados acima.
De olho nas oportunidades
Segundo Souza, o estudo vai pautar a instituição financeira na definição de estratégias para impulsionar a indústria paulista nos próximos anos. "Por ser uma agência de fomento, a Desenvolve SP está sempre atenta às necessidades das micro, pequenas e médias empresas. Nossa intenção é usar as informações obtidas pelo estudo, como base para criar produtos e iniciativas que incentivem cada vez mais o desenvolvimento planejado da economia estadual", diz.
Entre as oportunidades mapeadas pelo estudo na R.A de Campinas, a inovação é o grande destaque – não apenas nos setores estratégicos já consolidados, mas também entre os dinâmicos. "Indústria eletrônica, química, automobilística, tecnologia de informação e comunicação, máquinas e equipamentos e informática são alguns dos que aparecem com maior potencial", comenta Souza.
A diversidade dos produtos exportados, bem como suas respectivas altas intensidades tecnológicas, também é apontada como grande oportunidade para dinamização da economia local e geração de empregos.
A região de Campinas já é responsável por 16,7% do volume de exportações do estado. Além disso, a eventual ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos também se mostra como uma janela de oportunidade para novos empreendimentos de natureza diversa.
Vale ressaltar, porém, que o crescimento acelerado da indústria local pode acentuar ainda mais alguns dos gargalos que existem de infraestrutura, sobretudo na área de transportes, logística e recursos hídricos, apontados pelo estudo como fraquezas da região.
Metodologia
O estudo, disponibilizado na íntegra no site www.mapadaeconomiapaulista.com.br, utilizou a seguinte metodologia:
- Para a seleção de setores: Indicadores de Localização e Especialização por Regiões Administrativas (RAs);
- Para a avaliação de setores: Competitividade (geração de empregos), Porte das Empresas e Dinamismo (faturamento real);
- Análise SWOT: Demografia; IPRS; Estrutura Dinâmica e Econômica; Capital Humano;
Notas Técnicas
Setores selecionados: Para a realização do trabalho, foram selecionados alguns setores considerados competitivos e dinâmicos.
- Setores competitivos: aqueles que possuem concentração de emprego maior que a média estadual e elevado grau de especialização para a região;
- Setores dinâmicos: aqueles que apresentaram crescimento relevante do faturamento real entre 2010 e 2017.
Análise SWOT: SWOT é a sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weakness (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).
Trata-se de um método de gestão para o estudo dos ambientes interno e externo através da identificação e análise dos pontos fortes e fracos de uma região, por exemplo, e das oportunidades e ameaças às quais ela está exposta.
Por meio da análise SWOT realizada para este estudo, obteve-se um gráfico principal que apresenta, em um mapa de dispersão, o desempenho de setores selecionados levando em consideração a participação dos empregos formais industriais e o crescimento do faturamento real entre 2010 e 2017 nas respectivas regiões.
Além disso, para identificar a relevância dos setores selecionados na produção de riqueza, o trabalho apresenta também a composição do Valor Adicionado Fiscal (VAF) para cada região administrativa.
Valor Adicionado Fiscal (VAF): indicador econômico-contábil calculado por meio da diferença entre o valor de entrada e de saída de mercadorias e prestação de serviços de transporte e de comunicação. É utilizado como uma proxy do PIB.
Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS): indicador inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH e exprime, sinteticamente, um conjunto de dimensões (riqueza, longevidade e escolaridade) a fim de caracterizar a posição de determinada unidade territorial (município, região administrativa, Estado).
Anexos: Vídeo navegação Mapa da Economia Paulista – RA Campinas – Desenvolve SP.mp4
Por Assessoria de Imprensa | Desenvolve SP