Só os Raulzitos entenderão:
“Essa noite eu tive um sonho
De sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
Com o dia em que a Terra parou
Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo
O planeta
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém ninguém…”
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A pandemia de coronavírus entrará para a história da humanidade. Por outro lado, entrará para a história do município pela falta de critério para se criar um protocolo de combate à doença. Se alguém gravou a conversa para a formação do comitê por favor publique nas redes sociais.
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O prefeito RR, que hoje é a principal autoridade na cidade, pelo jeito não acreditava que a pandemia chegaria no município. Mas ele sabe por fontes seguras que o sistema único no município é frágil e não suportará o coronavírus se não houver envolvimento, principalmente, da classe médica.
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Por outro lado, como será que os médicos avaliam a atual administração? Onde está a recomendação por escrito que foi enviada à Secretaria da Saúde para se instituir um protocolo de combate ao covid-19? Continua guardada na gaveta?
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Como ficam os servidores públicos municipais que atuam no Paço Municipal e no anexo, que estão em condições insalubres, em divisórias e espaços que mais parecem latas de sardinha? Haverá home-office para evitar a proliferação?
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Será que a atual administração providenciou álcool em gel para o funcionamento dos banheiros públicos da rua Dona Balbina? Será que o álcool gel é o recomendado pelo Ministério da Saúde? E os banheiros das escolas: como ficarão? E os parques, praças e áreas de lazer: haverá higienização? A Prefeitura está cobrando a limpeza interna dos ônibus circulares?
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Ao contrário de algumas autoridades negligentes e irresponsáveis que tem por aí pelo Brasil, do outro lado as pessoas estudam, leem, ouvem, se informam e sabem do que novo coronavírus é capaz de fazer num País com 200 milhões de pessoas e em uma cidade do interior paulista com 51 mil habitantes. O atual governo municipal não representa os cidadãos ferreirenses. Pronto, foi dito!
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Precisa ter mesmo vergonha na cara. Reformar a Praça da Bíblia? Que políticos sem memória. Em 12 de abril de 2014 a Prefeitura de Porto Ferreira entregou a revitalização orçada em mais de R$ 150 mil, que nasceu de um pedido da então vereadora Patrícia Marques.
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Será que seis anos depois as benfeitorias estão tão depreciadas? Vão gastar R$ 40 mil em emendas parlamentares? Cada vereador entrou com R$ 10 mil cada. Não vai dar na cara que é para fazer caixinha de campanha eleitoral?
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O que mais vão fazer na Praça da Bíblia? Vão gastar R$ 10 mil em polimento de metais? Vão gastar R$ 10 mil em tinta para pintar os aparelhos? Vão plantar R$ 10 mil em mudas? Ou vão gastar R$ 10 mil para trocar o calçamento português que ainda nem perdeu o cheiro do cimento? Que vergonha!
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Essa velha política do “é dando que se recebe” não cabe mais. Já está manjada. Nem a velha política do “toma lá dá cá” vigora na cabeça do eleitor consciente.
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Pode-se imaginar a cara das autoridades civis, militares e eclesiásticas que estiveram na inauguração da revitalização da Praça da Bíblia. O que o Ministério do Turismo e o deputado federal que liberou a emenda ao Orçamento da União vão achar?
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Será que houve algum equívoco no anúncio? Será que não quiseram dizer que vão reformar a Praça do Trabalhador? Ou reformar a Praça Paschoal Salzano? Ou até reconstruir a Praça Dona Nina de Santis?
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Tem vereador e prefeito em pele de cordeiro nessa história. Por que de bobo eles não têm nada. Será o rosa cheio de prosa? Será o santos de São José dos Campos? Será o pereira que só fala besteira? Ou será o mael que não frita pastel? Ou será o prefeito que se acha perfeito?
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O eleitor carneirinho, sempre ingênuo, nunca reconhece o lobo em seus disfarces, por mais grotescos que sejam. É o lobo, é o lobo, é o lobo!
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Só os Lobos entenderão:
“Silêncio
Para as coisas do presente
Faz de conta que eu sou gente
E melhor que não nascer.
Lálá, lálálá…
Lálá, lálálá…
Quem tem medo do lobo mau
Lobo mau, lobo mau?!
Quem tem medo
do lobo mau?!”
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E por falar em Lobo Mau, os Três Porquinhos estão à solta.
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Há uma doutrina na política nacional que prescreve o seguinte: se uma emenda de autoria de um parlamentar virar um assalto ao erário, a culpa é dos órgãos fiscalizadores, não do vereador.
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Por força das emendas que indicam e mandam entregar dinheiro do erário a torto e à direita, seja por qualquer arapuca montada para extrair recursos municipais, por mais toscos que sejam seus disfarces, prestadoras de serviço ou empreiteiras, há sinais de que sua atividade real é a prática continuada da vigarice.
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Será que falta mesmo fiscalização? Como assim os autores das emendas não têm nada a ver com isso?
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A Secretária “Nuncatá” apareceu…em São Paulo. Foi marcar presença em evento com o prefeito RR. Enquanto isso, entre viagens e fotografias nas redes sociais, os funcionários continuam respondendo a mesma coisa ao serem perguntados qual é o paradeiro da Marilu: “Ela nuncatá”.
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Só os Projotas entenderão:
“E eu chego devagar porque ela é frágil, ela é frágil
Mas se for pra jogar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Se for pra zuar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Mas se for pra causar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
…”
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Com a “janela partidária” prestes a se fechar, alguns pré-candidatos a vereador assinam as fichas partidárias para um e para outro partido ao mesmo tempo. Ficam com os pés em duas canoas. Quando o vento bate na popa seguem em frente. Quando o vento bate de proa ficam de lado.
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Quanto custa para adaptar o novíssimo prédio da UPA que sequer foi usado? Dizem que custará mais de R$ 2 milhões, tirando os possíveis termos aditivos de contrato. E quem ganhou a licitação? A empresa flexível venceu. Como tem político cara-de-pau nesse mundo.
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O que vão construir com R$ 2 milhões? Um palácio de ouro? Quem foi o responsável pelo levantamento de custos? Alguém analisou como será o cumprimento do cronograma físico-financeiro? Como tem político cara-de-pau nesse mundo.
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O Senhor Voto de Minerva, vulgo Cabôco Mamadô, está mais para Ali Babá do que outra coisa. Fez um abre-te, sésamo, nos cofres públicos e os vereadores foram no embalo. Pode passar óleo de peroba. E Puff!Puff!Puff!
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O Cabôco Mamadô, que na verdade se esconde sob a toga do Senhor Voto de Minerva, não acredita no coronavírus. Para ele a terra é plana. Ele acha que o povo é burro. Só que a rebelião popular está em marcha.
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O passarinho verde e o anu branco contaram que o Cabôco Mamadô anda fazendo quilometragem lá pelas bandas do Jardim Paschoal Salzano. Não é segredo que possui um eleitorado fiel naquela região. Puff! Puff! Puff!
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A novela dos parklets da Avenida do Comércio está ficando mais interessante a cada capítulo. Os comerciantes não estão entendendo qual é a utilidade daquele troço. Não precisa ter utilidade mesmo. Cada um custa mais de R$ 72 mil e logo se transformarão em elefantes brancos.
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Um fato foi registrado logo no início da semana e as imagens já circulam pelas redes sociais. O vazamento de esgoto puro, sem qualquer tratamento, escorrendo da tubulação interna de um equipamento público pela rua João Salgueiro, pode ser o indício de que a reforma da Escola de Comércio foi um episódio burlesco do governo RR.
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Se o esgoto em forma bruta está vazando para a rua, isso significa que a empresa responsável pela reforma fez algo errado? Sim, significa. A empresa canalizou a água das chuvas para o sistema de captação de esgoto. Aí choveu no domingo e o resultado apareceu.
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Da série a série: “Eles não vão nos pautar”. O nosso querido “Detritódromo”, lá pelas bandas do Jardim Águas Claras, também conhecido como “Famosão”, ganhou novo visual. Agora a entulheira ganhou o formato de montes. Aos poucos a população vai perceber que os montes sumirão. E reaparecerão como um passe de mágica.
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Mais um capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo, os vereadores querem revogar a “CID-10” porque não tem cabimento algo que é invisível aos olhos provocar o cancelamento dos eventos em que eles aparecem para tirar fotografias.
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No mundo da empresa flexível, o Zé Faísca disse que o Ginga perdeu o gingado. A taxa de açúcar subiu e o preço do material também. Tem a questão da pressão de tentar concluir as obras antes do Natal! Vai que dá, Ginga, vai que dá! Porque o esgoto já vazou e o concreto já rachou…
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O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.
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Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha.