Só os Boscos entenderão:
“Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto, uma foto de um gol
Em vez de reza, uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém
O bar mais perto depressa lotou
Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar
E fez discurso pra vereador…”
*
Nunca antes na história desse município se viu tanta incompetência, tanta inoperância, tanta falta de habilidade em se resolver as questões de administração pública. O prefeito Rippanopovo só trabalha direito quando é cutucado pelos meios de comunicação.
*
O prefeito RR ganhou uma frente de batalha que poucos prefeitos ousaram ter. Uma entidade de classe busca por seus direitos em tempos de pandemia. O Sindicato dos Servidores está atuante nas reivindicações dos trabalhadores da administração municipal. Diga-se de passagem, o setor jurídico da entidade que representa os empregados está dando uma aula.
*
E por falar em lição, a magistratura também foi exemplar ao conceder, pelo menos parcialmente, o pedido do sindicato para o prefeito cumprisse a legislação. Ué, o velho ditado diz: pau que bate em Chico tem que bater em Francisco.
*
E a fiscalização foi pra rua. Sabe fazer o quê? Apenas constatar que o empreendedor e também o empresário sério sabem o dever cívico e o dever moral de fornecer as máscaras para seus funcionários e colaboradores. Mas pelo jeito a fiscalização não passou “nos órgãos” públicos municipais, pois se passassem teria que fechar vários.
*
A Prefeitura de Porto Ferreira distribuiu algumas “máscara” aos servidores em meio à pandemia. As máscara parecem bandeirinha de festa junina. Em pouco tempo apelidaram o essas de “véu de noiva”. Ou seja, só serve para tirar fotografia no altar.
*
Os mais maldosos, conhecidos no chão de fábrica da Prefeitura por atuarem como rádio-peão, deram à máscara genérica o apelido de “seta de trem”. É que o material é tão fino que é transparente que não protege e não tem utilidade. Muitos servidores estão tendo que tirar dinheiro do bolso porque a de “seta de trem recebida não serve para nada. Santa incompetência.
*
O inconformismo não está só no setor público. A iniciativa privada promete mexer o doce antes das eleições, independente para quando ela for marcada. Os empresários querem encontrar um nome que seja um denominador comum dos interesses da cidade, juntando progresso administrativo e avanços econômicos e sociais. O efeito “Rômulo” deixou um estrago que vai repercutir nas próximas décadas nos setores industrial, comercial e social. O arrogante irá deixar uma enorme dívida econômica e social, quem viver verá.
*
O efeito “Rômulo” é um caso à parte. Considerado um fenômeno nas urnas como vereador, foi um legislador atuante e surpreendeu com seu resultado nas urnas. O que fez como administrador público pode e deve ser avaliado pelos leitores.
*
COMEÇA A CORRIDA MALUCA DAS ELEIÇÕES
A Penélope Charmosa saiu na frente, tentando convencer o Barão Vermelho a financiar sua campanha. Entrou como terceira via para ver se seu nome vinga. É na base do “vai que cola”.
*
Peter Perfeito tem o apoio do diretor da prova. Todas as apostas estão nele. Montou um negócio que é a menina-dos-olhos do Chefão. Vai com carro patrocinado em tudo. E como tem “patronicínio” nesse menino.
*
O Urso Chorão está com ciúme. É tanto ciúme que não se aguenta. Toda semana é um chororô diferente. Trocou de partido e agora percebeu que pode chegar em quarto na equipe e se marcar bobeira ficará em sexto. A Carroça-a-Vapor gostou do asfalto novo.
*
Os Irmãos Rocha estão empacados na primeira curva. O Carro-de-Pedra está com problemas no amortecedor e não sai do lugar. Quando engata a primeira a embreagem não funciona. Um quer acelerar e o outro quer brecar. Que dupla!
*
O Dick Vigarista continua com suas vigarices. Tem dois partidos na mão e vai negociar todos os cargos que puder. Recebeu o aval do Chefão e deve colocar um carro retardatário para atrapalhar os outros competidores. Só que o Mutley viu que o carro está saindo fumaça. Puff!!!Puff!!!Pufff! E quer medalha, medalha, medalha. Rsrsrsrsrsrsrs.
*
O Professor corre por fora, contornando a pista pelo lado esquerdo, com seu Carro Cheio-de-Truques. Conseguiu trazer o Rufus, o Lenhador, para o seu lado, deixando o Carro-Tronco com chances da segunda colocação.
*
O Cupê Mal-Assombrado ainda nem saiu dos boxes. O Medonho e o Medinho não enxergam um palmo à frente do nariz e o dragão continua soltando fogo pelas ventas.
*
Na cola da Carroça-a-Vapor está o Carro-Tanque. O Sargento e o Soldado fizeram uma boa volta na temporada, mas correm o risco de ficar sem combustível na última volta.
QUEM GANHARÁ ESSA CORRIDA MALUCA?
*
O Ginga está muito feliz com a asfalto feito com farelo lá na avenida. Até na Câmara estão comemorando que aquela rua, se fosse dele, mandava ladrilhar com pedrinhas e pedrinhas de brilhantes para ver o Rippanopovo passar…
*
O Zé Faísca descobriu que o programa “Porto Iluminada” está colocando velas de aniversário nos postes. As lâmpadas de LED acendem, todo mundo grita, bate palma, recebe um sopro, apaga, acende de novo e depois o pavio acaba. Que escuridão miserável!
*
O Cidão Chovê, a Rosinha Chuvisco, o Salvador Beleza, o Lazinho Cadeado e a Nê aprenderam a colocar desinfetante no sapato. É só chegar um na casa do outro que perguntam onde está o spray milagroso que acaba com a Covid-19.
*
O Senhor Voto de Minerva, vulgo Cabôco Mamadô, resolveu trocar o óleo do seu carro esta semana. Depois de 20 mil quilômetros rodados o lubrificante mais parecia sabão.
*
O Cabôco Mamadô, que na verdade se esconde sob a toga do Senhor Voto de Minerva, vai terminar o mandato sem acertar as contas com o leão. Não é nada sobre o pagamento do que é devido ao governo, mas sim o que prometeu para o filho do Baixinho.
*
O passarinho verde e o anu branco querem saber: o balanço prévio do mês de abril que foi encaminhado pela Secretaria de Fazenda ao prefeito RR registrando queda de arrecadação terá como justificativa a pandemia? Ou a culpa será do mordomo?
*
Todo mundo está na expectativa para a cerimônia de abertura de envelopes da licitação da ponte do rio Santa Rosa. Três empresas estão no páreo. A ansiedade é tanta que a casa de apostas está dando quatro para um. Uma barbada esse páreo.
*
Da série a série: “Eles não vão nos pautar”. O nosso querido “Detritódromo”, lá pelas bandas do Jardim Águas Claras, também conhecido como “Famosão”, está um pouco triste. Ninguém mais quer passear pelo pasto: nem vaca, nem galo, nem porco e nem burro.
*
Mais um capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo, quer que os vereadores liberem mais recursos para comprar cadeiras para os clientes das agências bancárias sentarem no meio fio da via pública a fim de aguardar o atendimento. Assim, sem água e sem pão, num sol de lascar, ninguém pega a Covid-19. Afinal, a terra é plana.
*
As palavras de um empresário soam como uma Madalena em tempos de coronavírus. Como disse, ao caminhar pela Avenida do Comércio, pela manhã, com a reabertura das lojas: “Descobrimos na campanha que o Rômulo era melhor do que a gente imaginava, e também muito pior do que podíamos imaginar”.
*
Só as Ritas entenderão:
“Aqui estamos nós, turistas de guerra
Bizarros casais, restos mortais do Ibirapuera
O vírus do amor, dentro da gente
Beira o caos, quarenta e dois graus de febre contente
Prisioneiros de um arranha-céu
Lá embaixo, o mundo cruel é tão chatinho
Você é toda a minha munição
Não negue fogo pro meu coração machucadinho
Cambalache de paixão.”
*
O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.
****
Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha.







