Só os Gilbertos entenderão:
“Tu, pessoa nefasta
Vê se afasta teu mal
Teu astral que se arrasta tão baixo no chão
Tu, pessoa nefasta
Tens a aura da besta
Essa alma bissexta, essa cara de cão
(…)
Basta
Ver-te em teu mundo interno
Pra sacar teu inferno
Teu inferno é aqui
Pessoa nefasta, pessoa nefasta
Tu, pessoa nefasta
Gasta um dia da vida
Tratando a ferida do teu coração
Tu, pessoa nefasta
Faz o espírito obeso
Correr, perder peso, curar, ficar são.”
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As 5 leis fundamentais da estupidez humana, por Carlo Cipolla:
1. Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo;
2. A probabilidade de que uma determinada pessoa seja estúpida é independente de qualquer outra característica da mesma pessoa;
3. Uma pessoa estúpida é aquela que causa dano a outra pessoa ou grupo sem, ao mesmo tempo, obter um benefício para si mesmo ou mesmo causar
prejuízo;
4. Pessoas não-estúpidas sempre subestimam o potencial prejudicial de pessoas estúpidas;
5. A pessoa estúpida é a pessoa mais perigosa que existe.
(sugerido por Tati Bernardi, da Folha de S.Paulo)
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A merenda escolar virou um caso sério. Pelo que se sabe houve a interrupção do contrato e a administração municipal não decidiu o que vai fazer. Enquanto isso as crianças matriculadas na rede não conseguiram comer um grão de arroz dessa alimentação especial.
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Se por um lado a comida das crianças não chega porque não há nenhuma pressa em encher a barriga da molecada, as obras de infraestrutura voam nas mãos dos governantes. Como dizem, vão de vento em popa.
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O Poder Executivo municipal anunciou que a urbanização da favela da Fepasa está prestes a começar. Mais uma licitação vencida pela “campeã das campeãs”, aquela que começa com a letra “F”.
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O que mais preocupa na urbanização da favela é que as casas foram feitas com um alicerce diferente dos imóveis edificados no perímetro urbano, que foram aprovados pela Prefeitura em processos que não são nada simplificados e que tiveram projetos e profissional responsável.
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Quando o canteiro de obras for instalado na “rua de baixo” e na “rua de cima” a estrutura das casas poderá apresentar alguns “probleminhas” porque a fundação foi improvisada. Quem conhece a favela desde a década de 1990 sabe que há uma boa estrutura sobre o antigo leito da estrada de ferro. Fora disso, há uma incógnita a ser descoberta.
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Será que a Prefeitura, durante a execução da urbanização, já pensou em uma rota alternativa para o escoamento da produção na região da Fazendinha? Como é que os sitiantes transitarão? Isso foi calculado?
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Falando em favela da Fepasa, aquela ocupação (tem gente que prefere chamar de invasão) também está em processo de regularização fundiária para que os moradores possam, em breve, ter os documentos de posse de suas propriedades. São mais de 500 moradias no local. Com certeza a papelada vai sair antes da eleição, não é mesmo?
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Da série a série: “Ninguém entendeu direito”. O prefeito RR liberou a circulação de carros de som pela cidade por meio de decreto. É que ninguém viu o “carro da pamonha”, o “tio do abacaxi”, “o rapaz da uva” e seus áudios passando pelos bairros. Quem parou foi a Prefeitura, os ambulantes não.
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A Feife voltou a ser assunto nas rodinhas de bate-papo. O que pouca gente sabe é que a feira é parte do calendário oficial de festas populares do governo estadual, então tem que dar satisfação ao Dória.
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Falando em Feife, como é que vão ficar o palco permanente e o museu do ferroviário até o fim do mandato? A estrutura continua lá abandonada e não tem muita utilidade, a não ser para o pessoal da “fumaça”. E o tal museu a céu aberto continua cheio de mato.
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Aviso aos navegantes: o dia 4 de julho vem aí. Data a partir da qual é vedado a qualquer candidato comparecer a inaugurações de obras públicas. O tempo passa…
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CONTINUA A CORRIDA MALUCA DAS ELEIÇÕES
A Penélope Charmosa quer trocar de carro, mas não dá mais tempo. Reclamou de muitos afundamentos, água empoçada e buracos na pista. O diretor do grande prêmio já avisou que vai ter que fazer uma parada estratégica nos boxes. O mecânico não consegue acertar o conserto da marcha a ré que não entra.
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O Peter Perfeito não consegue lugar no grid, apesar de ser o titular da melhor equipe da temporada. A Quadrilha de Morte com seu Carro-à-Prova-de-Balas quer tirá-lo da pista de qualquer jeito.
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O Urso Chorão não foi convidado para o Grande Prêmio do Independência. A Carroça-a-Vapor não conseguiu mexer na potência do motor que só tem dois cavalos. O Tio Tomás tentou convencê-lo de mudar a cor do carro.
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Os Irmãos Rocha fizeram tristes porque também não foram ao Grande Prêmio do Independência. O Carro-de-Pedra não chegou a tempo de ver a bandeira quadriculada.
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O Dick Vigarista continua com suas vigarices. Ganhou um patrocínio novo. Só que o diretor da prova pediu para devolver. Mutley aceitou o convite e continua pendurando as medalhas. Ambos prometem acertar o carro na próxima etapa. O motor do carro continua fumando. Puff!!!Puff!!!Pufff!
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O Professor mudou a estratégia não gastar combustível na primeira volta. Reduziu a marcha e está atrás do Cupê Mal-Assombrado, que segue na segunda colocação.
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O Rufus, o Lenhador, saiu na frente no Grande Prêmio da Independência. Mudou o volante e acredita no desempenho do motor. Sabe que qualquer vacilo pode sair da pista.
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O Cupê Mal-Assombrado teve problema no radiador, que está vazando, mas segue na segunda colocação. Medonho e Medinho colocaram aditivo e mexeram na regulagem do turbo.
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O Carro-Tanque largou em último no Grande Prêmio do Independência. Será que o Sargento Bombarda vai seguir na cola do Dick Vigarista? Ou será que aproveitará as medalhas do Mutley?
QUEM GANHARÁ ESSA CORRIDA MALUCA?
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O Ginga não perdeu tempo e ganhou mais uma. Está apostando alto e ninguém pode com ele. Levou também a licitação da urbanização da favela com o pé nas costas. Esse rapaz está mesmo com a estrela. O sucesso vem com a competência.
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O Zé Faísca continua aprontando das suas. Montou um quartel-general de primeira categoria e de lá está comandando as operações. Tem recebido visitas importantes em sua oficina.
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O Cidão Chovê, a Rosinha Chuvisco, o Salvador Beleza, o Lazinho Cadeado e a Nê estavam com saudades dos rostinhos conhecidos e bem familiares da política ferreirense. Ficaram felizes em ver gente que estava escondida em alguma caverna e agora voltaram com o velho tapinha nas costas.
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O Senhor Voto de Minerva, vulgo Cabôco Mamadô, descobriu o que é estar na lista de Schindler. Fez uma manobra em pinça, como aprendeu no serviço militar, e saiu pela tangente. Poderia ter aproveitado sua ida ao banco para pagar os credores.
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O Cabôco Mamadô, que na verdade se esconde sob a toga do Senhor Voto de Minerva, não vai poder mais participar das inaugurações. Já avisou que instalará uma caixa de som para que os eleitores ouçam seus aplausos ao prefeito em gravação digital.
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O passarinho verde e o anu branco querem saber: por qual motivo a rua Nelson Pereira Lopes, onde está um dos principais setores do comércio ferreirense, ficou de fora dos oito locais escolhidos para a instalação da internet gratuita do Porto Conectada? Pelo jeito os empresários de lá estão sem prestígio no governo municipal.
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A voz do povo é a voz de um governo popular e democrático. Quando é que a Prefeitura de Porto Ferreira vai intervir no acostamento da avenida General Álvaro de Góes Valeriani e solicitar providências para melhorias na via Syrio Ignatios?
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Da série a série: “Eles não vão nos pautar”. Alguém aí se lembra daquela vaga de zona azul atrás da igreja que confundia os usuários do estacionamento rotativo. Ela não existe mais. Tiraram a rampa de acesso de deficientes para ganhar din-din.
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O nosso querido “Detritódromo”, lá pelas bandas do Jardim Águas Claras, também conhecido como “Famosão”, ganhou um novo apelido: “Abandonadão”. Ninguém fala mais dele, só se vê a molecada empinando pipa.
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Mais um capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo quer que os vereadores não fiquem olhando para o próprio umbigo e ajudem a legislar em favor da cidade, ao invés de ficar trocando os móveis no prédio do Poder Legislativo.
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Só os Barões entenderão:
“O mundo tá acabando,
não vai sobrar quase nada
A nossa hora tá chegando
E ainda fazem piada
Apertando o cerco
Você se desespera
Não há remédio, você tá na guerra
Que piração
Eu tô na terra ou no céu
Ninguém se entende
Nessa Torre de Babel.”
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O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.
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Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha.