Na tarde de sexta-feira (02/07) foi noticiado pelo Jornal Folha de São Paulo que alguns lotes da vacina AstraZeneca foram aplicadas por algumas cidades fora do prazo de validade, incluindo uma dose aplicada em nosso município.
O Jornal, ao que tudo indica, se baseou em informações obtidas pelo site vacivida, que é uma espécie de vacinômetro, onde contabiliza as vacinas administradas pelo país. Acontece que o site não checou que o site não tem informações precisas sobre datas de vacinações. Algumas informações sobre a vacinação em Santa Rita precisam ser esclarecidas para que não haja dúvidas:
1. A prefeitura de Santa Rita do Passa Quatro resolveu não guardar nenhuma dose de vacina; ou seja, todas as doses recebidas são aplicadas;
2. O lote 412OZ001, que foi informado pelo jornal como aplicado fora do prazo de validade, foi recebido pelo Departamento de Saúde de Santa Rita no dia 26 de fevereiro de 2021, um mês antes do prazo máximo de validade. Todas as doses desse lote recebido foram aplicadas do dia 01 ao 15 de março, ou seja, 14 antes do prazo final;
3. No site https://vacivida.sp.gov.br/ consta todas as aplicações das doses desse lote, nenhuma fora do prazo acima citado;
4. O jornal informou que em Santa Rita apenas uma dose foi aplicada fora do prazo de validade, é impossível pois cada frasco contém 10 doses, ou seja, uma única dose não ficaria armazenada por tanto tempo (informaram que a dose teria sido aplicada em junho).
Essas informações já seriam o suficiente para sanar todas as dúvidas que pairavam no ar depois da publicação da Folha, mas dois munícipes que tomaram a 2° dose da AstraZeneca no dia 09 de junho relataram que na carteira de vacinação deles constavam o lote 412OZ001, o mesmo citado no jornal com vencimento no dia 29 de março.
Em cima desses relatos o Departamento de Saúde foi averiguar as informações e abriu uma sindicância para apurar todos os dados. E foi relatado que as duas pessoas tomaram a vacina que veio no lote 214VCD102W, com vencimento em outubro de 2021.
O erro aconteceu no preenchimento da segunda dose que acabou sendo escrito, de forma errônea, com o mesmo número do lote da primeira dose. O Prefeito entrou em contato com os dois munícipes para explicar o ocorrido para tranquilizá-los e solicitar que façam o exame de sorologia, para comprovar que estavam de fatos imunizados.
Fonte: Revista Daquele Modelo