Um candidato de fala mansa, perfil técnico, com imagem familiar e religiosa, tradicional na política paulista e com força no interior. Se a descrição serve para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), pode ser aplicada também ao vicegovernador Rodrigo Garcia (PSDB-SP).
Com ajuda da máquina de governo, é na aposta deste perfil de gestão e tradição — comum entre os dois e estimado no interior paulista — que o PSDB pretende propagar o nome do atual vice-governador Rodrigo Garcia para reverter o quadro amplamente favorável a Alckmin, de saída do partido e pré-candidato a governador.
Para os apoiadores de Garcia, ele é um "excelente produto" e o principal desafio é mostrá-lo cada vez mais ao eleitorado, sempre destacando a força do PSDB no estado. Do lado de Alckmin, a aposta é que a campanha tucana demorará a engrenar e seu nome, eleito três vezes ao Palácio dos Bandeirantes, seguirá mais forte na disputa.
Perfis semelhantes, situações diferentes
Oficializada sua saída, será a primeira vez que Alckmin e o PSDB estarão em lados opostos das urnas. Já Garcia, nome tradicional do DEM desde o antigo PFL, foi filiado em maio, sob a articulação do governador João Doria (PSDB-SP), o que representou a gota d'água na relação com Alckmin — trincada desde 2018, com o BolsoDoria.
A situação eleitoral também é distinta. Alckmin aparece em primeiro lugar com folga na última pesquisa DataFolha, de 19 de setembro, com 26% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) em segundo, com 17%, empatado tecnicamente com Márcio França (PSB), que deverá compor a chapa de Alckmin, com 15%.
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Fonte: noticias.uol.com.br