A economia brasileira avançou 4,6% em 2021, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (4), superando as perdas do ano anterior, primeiro da pandemia do coronavírus, quando a economia contraiu 3,9%.
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre surpreendeu parte dos analistas com a alta de 0,5%, e deixou para trás o fantasma de recessão que assustava o Brasil. O principal responsável é o setor de serviços, favorecido pelo aumento da vacinação e pela normalização do consumo das famílias no fim do ano.
Apesar de recuperar as perdas com a pandemia, o desempenho brasileiro ficou abaixo da média mundial, de crescimento de 5,5%.
Um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating aponta que, entre as 15 maiores economias do mundo, o Brasil tem perdido posições desde o ano de 2017, quando estava em 8º lugar. Em 2021, o país passou do 12º lugar para o 13º, sendo superado pela Austrália.
Mas, apesar de o resultado trazer otimismo, a inflação e guerra preocupam, diz pesquisador associado do FGV IBRE, Claudio Considera, em entrevista à CNN Rádio.
De acordo com a equipe econômica do governo federal, a alta do PIB “mais que compensa” a perda de 3,9% na atividade econômica em 2020. Em nota, a Secretaria de Política Econômica (SPE), ressalta que o resultado mostra que a economia brasileira recuperou o nível pré-pandemia e mostrou recuperação em “V”.
A pasta também destaca que o resultado deixou efeito carregamento estatístico de 0,3% para este ano. Que é uma espécie de impulso que é sempre deixado de herança do último trimestre de um ano para o ano seguinte.