A Anfavea considerou “muito positiva” a redução de 18,5% do IPI para o setor automotivo, porém deixa claro que ainda há muito a ser feito (veja imagem abaixo) sobre a questão tributária que incide sobre os veículos produzidos em nosso país.
Em uma interessante análise, a Anfavea aponta que, no caso de um automóvel com motorização de 1.0 a 2.0 litros, flex ou gasolina, comercializado na maior parte do território nacional (exceto São Paulo, onde o ICMS é ainda maior), a carga tributária, já considerando a redução do IPI, ainda representa algo em torno de 35% a 42% do valor de um carro com essas características.
Logo, podemos dizer que, em um automóvel de R$ 100.000, até R$ 42.000 são impostos como IPI, PIS/Cofins e ICMS, o que onera demasiadamente o valor final dos carros no Brasil.
Saídas
Para a Anfavea, uma das saídas seria a eliminação do IPI, imposto raramente cobrado em outros países, ou a esperada reforma tributária e a adoção de um novo sistema baseado no IVA (Imposto sobre Valor Agregado), com uma tarifa única na faixa de 20%.
Nas palavras da Anfavea, o IVA seria muito mais simples, acarretaria em um baixo custo para as empresas na hora de calcular a arrecadação, além de não gerar resíduos nem créditos tributários, entre outras vantagens.
"É sempre muito bem-vinda qualquer proposta que alivie a pesada carga tributária sobre a indústria de transformação no Brasil. A redução do Custo Brasil, embora ainda tímida (com a redução do IPI anunciada em fevereiro), é benéfica não só para o setor industrial, mas também para a geração de empregos, para os consumidores e para a sociedade como um todo", pondera Luiz Carlos Moraes.
Veja mais sobre o assunto acessando esse link.
Fonte: www.autoo.com.br