Décimo primeiro governador a comandar São Paulo desde a redemocratização, Rodrigo Garcia(PSDB) assumiu o cargo após a saída de João Doria (PSDB), que se lançou na corrida à Presidência. Nome ainda desconhecido de boa parte do eleitorado, ele larga atrás dos principais adversários nas pesquisas, mas se apresenta como a alternativa à polarização entre o petismo e o bolsonarismo, que no estado de SP serão representados por Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas, respectivamente.
Para isso, terá de lidar com os altos índices de rejeição deixados pelo antecessor, o ex-governador João Doria, do qual foi vice-governado eleito em 2018. Leia abaixo alguns trechos da entrevista:
Veja: Tarcísio é tido como um quadro técnico, eficiente, mas é o candidato do bolsonarismo. O senhor o classifica como um dos extremos a ser combatido?
– Rodrigo Garcia: Ele representa a família Bolsonaro e está deixando claro isso nas suas narrativas, assim como Fernando Haddad representa o petismo. Eu estou aqui para proteger São Paulo contra o petismo e contra a família Bolsonaro. Não vou governar para os extremos, vou governar para os paulistas.
Veja: Há chance de transformar a polarização federal, entre PT e bolsonarismo, em um plebiscito estadual?
– Rodrigo Gracia: Os extremos políticos não enchem a barriga de ninguém. Estou aqui para mostrar que sou um paulista raiz que quer resolver o problema das pessoas e que essa guerra ideológica não resolveu o problema de nenhum lugar. São Paulo representa a união. Se a gente observar a história do estado, sempre fomos altivos nos momentos em que precisamos ser. Sempre deixamos a polarização de lado. Aqui é o estado do respeito ao contraditório, o estado do trabalho, o estado da compaixão.
Veja: Por que esses dois extremos largam na frente nas eleições, segundo as pesquisas?
– Rodrigo Garcia: É natural que a eleição nacional desperte paixões. A polarização é para todos os estados, mas com o andar do processo, do governo, e no momento da eleição, quando as pessoas pararem para prestar atenção, não tenho dúvida de que a sociedade vai separar a disputa de São Paulo da nacional e fazer uma escolha livre e soberana em relação ao voto.
Veja mais sobre o assunto acessando esse link.
Fonte: veja.abril.com.br