A Petrobras anunciou o aumento do preço do diesel em 8,87% nas refinarias a partir de terça-feira (10), o que significa uma mudança de R$ 0,40 no litro do combustível —de R$ 4,51 para R$ 4,91. Para o consumidor final —como caminhoneiros, transportadores de passageiros em coletivos— o reajuste deve chegar nas bombas aproximadamente na metade, ou seja, o preço do litro ficará entre R$ 6,50 e R$ 7,33.
O aumento tem pouco impacto no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medida usada para acompanhar tendências de inflação para o consumidor final.
"Mas quando se trata do IPA, índice que mede a inflação ao produtor indústria e agricultura, o diesel tem um peso até maior do que a gasolina. Isso porque todo o processo produtivo, desde o funcionamento das máquinas agrícolas até sistema de logística. Tudo que consumimos de bens ou serviços, tem o diesel como insumo em alguma magnitude", explica Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital Markets.
Dessa forma, ainda que não seja de um dia para o outro, os custos devem chegar à população. "O repasse não é necessariamente um para um, há um espaço de margem dos produtores ou responsáveis pelo frete e parte da inflação pode ser diluída, mas o aumento é esperado porque as margens de lucro já estão comprimidas", diz Felipe Sichel, economista-chefe do Banco Modal.
Outro ponto que pode ser sentido pela população geral é o aumento das passagens de ônibus.
"Sabemos o quão relevante é o transporte rodoviário e o transporte público urbano aqui no Brasil, e como os ônibus são movidos a diesel, é mais uma pressão sobre o preço das passagens", aponta Sichel.
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Fonte: www.folha.uol.com.br