Comércio: R$ 16,3 bilhões da ‘PEC das Bondades’ devem ir para o consumo

Dos R$ 41,2 bilhões que o governo federal pretende distribuir para a população neste semestre de eleições, o varejo deve fisgar aproximadamente R$ 16,3 bilhões, ou 39,5%. Os cálculos são de Fábio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), considerando a lista de eventuais beneficiados com a chamada ‘PEC das Bondades’.

O Auxílio Brasil subirá de R$ 400 para R$ 600. O Auxílio Gás, de R$ 53, aumenta para R$ 120 a cada dois meses. Os caminhoneiros autônomos também devem ser beneficiados com o Auxílio Diesel, criado pelo presidente Jair Bolsonaro, que prevê o pagamento de cinco parcelas de R$ 1 mil.

Quando se fala em bilhões de reais a mais nas mãos das famílias brasileiras, a sensação é que as vendas têm tudo para receber algum empurrão neste semestre. Mas, de acordo com Bentes, não é bem assim. Os R$ 16,3 bilhões a mais na renda do brasileiro representam apenas 1,3% do faturamento do comércio estimado para este semestre, da ordem de R$ 1,3 trilhão.

“Não é um dinheiro que vai fazer o comércio brasileiro bombar, pois a inflação e os juros estão altos e as pessoas, mais endividadas. É um momento de colocar o pé no freio”, diz Bentes. Nos cálculos do economista, que considera o impacto da expansão da massa de rendimento em cada setor do varejo, os supermercados seriam os mais beneficiados com a ‘PEC das Bondades’.

Dos R$ 16,3 bilhões, R$ 5,53 bilhões iriam para gastos em supermercados. O varejo de combustíveis ficaria em segundo lugar, com R$ 3,03 bilhões. O impacto no comércio de vestuário e calçados seria de R$ 2,32 bilhões e, no de artigos de utilidades domésticas, de R$ 1,42 bilhão. As lojas de móveis e eletrodomésticos ficariam com R$ 1,41 bilhão e as farmácias e perfumarias, R$ 690 milhões. O efeito das medidas em outros setores do varejo, como livrarias e papelarias e comunicação, seria de R$ 1,87 bilhão.

“São medidas que podem resultar em um cenário um pouco mais positivo para o comércio. Agora, as pessoas precisam ter a noção de que o governo não gera recursos, administra.” Vai chegar uma hora, diz ele, que o brasileiro vai ter de pagar a conta dessas medidas por meio do aumento de impostos, por exemplo.

“Os recursos terão de ser honrados, a não ser que tivesse uma folga nas contas do governo, o que não é o caso”.

* Por Fátima FernandesDiário do Comércio

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