A volta às aulas, programada para o início de fevereiro, marca também o início da corrida dos pais às papelarias em busca dos itens que constam da lista de materiais escolar. O susto com os preços desses produtos também faz parte dessa tradição de começo de ano.
Em grande medida, o que encarece o material escolar são os tributos embutidos em seus preços, que em alguns casos, como no da caneta, equivalem à metade (49,95%) do preço final do produto.
No caso da calculadora, os tributos embutidos no preço cobrado do consumidor final equivalem a 44,75% do total. Na régua, 44,65% do valor são tributos. Na tesoura são 43,54% e na agenda, 43,19%.
A alta tributação, de acordo com o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, encarece não apenas os produtos, mas toda a cadeia educacional. “O peso tributário embutido nesses itens escolares é maior que o da carga tributária bruta do governo geral, que compreende o governo central, estados e municípios. Atualmente, esse índice é de 33,90% do Produto Interno Bruto (PIB)”, observa.
O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, lembra que a educação é uma necessidade básica e o Brasil é um dos poucos países que tributam itens de uso essencial neste segmento.
Fonte: Diário do Comércio