O Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase) quer que o Ministério de Minas e Energia (MME) comande um grupo específico para atuar na segurança e evitar mais ataques às torres de transmissão de energia.
A proposta é motivada pela “recente escalada de atentados que vêm sendo constatados no país — não só a instituições como também de sabotagem à infraestrutura de energia elétrica, notadamente a instalações de transmissão”.
A estrutura a ser coordenada pelo MME teria caráter perene, “visando à rápida atuação na segurança pública para o combate a quaisquer atos de sabotagem”. O fórum reúne 27 associações que representam os setores de geração, transmissão, distribuição, comercialização e consumo de energia elétrica.
Quatro ataques em três estados
Já foram registrados quatro ataques à torres de transmissão de energia elétrica desde o último domingo (8/1), quando ocorreram os atentados às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Todas com indícios de sabotagem.
Em São Paulo:
Taesa comunicou às autoridades que uma torre de transmissão foi danificada no município de Rio das Pedras. A empresa identificou “claras evidências” de que os danos foram provocados por ação humana.
No Paraná:
Furnas reportou queda de uma torre de transmissão — e danos em outras três — no município de Medianeira (PR), a 50 km de Foz do Iguaçu. Segundo a empresa, “não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres” e há indícios de vandalismo;
Em Rondônia:
Eletronorte informou que a queda de uma torre e torção de duas unidades adjacentes da linha 230 kV Samuel-Ariquemes circuito 3. Há indícios de vandalismo, segundo a empresa;
Evoltz confirmou a queda de uma torre e corte em dois estais (cabos de sustentação) na Coletora Porto Velho-Araraquara 2 — Polo 3. Empresa vê indícios de sabotagem.
Fonte: epbr.com.br