Em 2022, os gastos do governo federal com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública somaram R$ 1,879 trilhão, o que representou 46,3% do Orçamento Federal Executado, portanto, a maior fatia de todos os recursos públicos federais, conforme gráfico elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD).
O orçamento federal é alimentado pelas receitas tributárias (referente aos tributos pagos por toda a sociedade), patrimoniais (referentes às receitas de privatizações, entre outras), comerciais (referentes aos lucros de empresas estatais, entre outras), e financeiras (decorrentes da emissão de títulos da dívida pública, recebimento de pagamento de dívida pelos estados e municípios, entre outras).
Apesar desses vultosos pagamentos, em 2022 a Dívida Pública Federal aumentou R$ 464 bilhões, tendo crescido de R$ 7,643 trilhões para R$ 8,107 trilhões. A fonte é o Relatório Mensal da Dívida – Tesouro Nacional, Anexo 2.1. , que inclui os títulos do Tesouro em poder do BC, pois o Tesouro paga juros sobre estes títulos ao BC, que por sua vez pode entregá-los aos bancos para lhe remunerar por suas sobras de caixa, por meio das “Operações Compromissadas”. Esse crescimento é explicado principalmente pela elevação acelerada da Selic pelo Banco Central, a qual alcançou 13,75% desde agosto de 2022,
Em 2022 o valor total gasto com pagamento de juros e amortizações da dívida pública federal somou R$1,879 trilhão e a origem dos recursos mostra o privilégio da dívida, em detrimento dos investimentos sociais:
- R$ 1,651 trilhão – tiveram como origem a emissão de títulos públicos,
- R$ 228,5 bilhões – referem-se a valores provenientes de outras receitas
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