O Brasil vive um momento de extrema violência contra a escola. Para além dos problemas dessa natureza no ambiente escolar, está em curso uma Guerra Híbrida.
O conceito de Guerra Híbrida compreende a disseminação de informações falsas em múltiplas frentes, incluindo a mídia, a política, a economia, a cultura – que tem como objetivo influenciar e manipular a opinião pública por meio desse processo de propaganda falsa que gera uma insegurança simbólica e física.
E essa guerra está em franco processo contra a Escola. Esse conflito de informações visa a promover a dúvida e a discórdia, levando até mesmo a um processo de crises artificiais no ambiente escolar. Esse é um dos principais problemas reais e políticos que afetam as escolas na atualidade e que levam a uma crise de segurança e de violência.
Importante registrar que essa guerra é contra a Escola como um todo, não diferenciando se é particular ou pública e independente do segmento escolar. No caso específico, os exemplos de ameaças e mesmo de violência real acontecem principalmente nos segmentos de sexto ano do ensino fundamental ao ensino médio da educação básica.
E isso tem gerado uma gigantesca ameaça à paz que deve reinar no ambiente escolar e em toda comunidade escolar. A partir do crescimento e abrangências das plataformas sociais, coletivos extremistas e negacionistas impulsionam a violência e ataques contra pessoas e espaços escolares em determinadas épocas do ano. Em 2023, de maneira muito simbólica, voltaram a ocorrer casos isolados de extrema gravidade.
Mesmo assim, os boatos de um massivo ataque no dia 20 de abril mobilizaram autoridades de segurança do país inteiro por mais segurança nas escolas. De maneira objetiva, as fake news são determinantes para esse processo de insegurança no ambiente escolar.
A partir de redes sociais sem controle, o ambiente virtual se transforma em um território violento para indivíduos em formação e terreno fértil para todas as formas de violências reais ou imaginárias, com reflexos diretos nas escolas e na comunidade escolar como um todo. As diferenças tendem a diminuir nesse ambiente pela sua ideia republicana de acolher a todos. O culto à ciência e à vida prevalecem sobre a escuridão da ignorância e da morte.
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* Rodrigo Perla Martins é Doutor em História, professor da Universidade Feevale e diretor do Sinpro/RS.