"Aos 35, PSDB é mero coadjuvante na política nacional". Essa foi a avaliação de Sergio Fausto, que foi assessor dos Ministérios do Planejamento e Orçamento, Desenvolvimento e Comércio Exterior e Fazenda nos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), feita no contexto do aniversário de 35 anos da sigla, fundada em 25 de junho de 1988.
O PSDB ocupou a Presidência da República entre 1995 e 2002 (com FHC), esteve no poder em estados como São Paulo e Minas Gerais, além de ter sido uma importante força atuante no Congresso, ao lado de PMDB e PT. Mas tudo isso ficou no passado.
Os tucanos têm, hoje, a menor representação no Congresso de sua história, com 14 deputados federais e dois senadores. Além disso, perdeu espaço em São Paulo e Minas. "O PSDB senta à mesa, mas não tem cacife para dar as cartas", comenta Fausto.
Para o cientista político, o alinhamento à direita do PSDB após as eleições de 2014 foi fundamental para a derrocada do partido, com destaque para atuação de Aécio Neves e João Doria.
"Essas figuras menores, tipo Doria e Aécio, jogam o jogo miúdo da política, de quem olha a política no curto prazo. Isso também faz parte do jogo. Mas os valores servem de filtro e freio. A velha geração não teria se lançado tão sofregamente à direita. Não teria existido o 'Bolsodoria'. Porque, quando acontece o 'Bolsodoria', há uma tentativa de surfar a onda da direita, mas você acaba engolido por ela", afirma.
Veja entrevista completa com Sergio Fausto, cientista político e diretor-executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, acessando esse link.
*Fonte: www.dw.com