A região enfrenta uma onda de aumentos nos subsídios dos vereadores, o que tem causado indignação na população. Cidades como Pirassununga, Bebedouro, Franca, Ribeirão Preto e Luiz Antônio registraram expressivos reajustes, com percentuais que chegam a 121%.
Como exemplo dessa barbaridade, em Luiz Antônio, uma cidade com menos de 15 mil habitantes e apenas duas sessões legislativas por mês, os vereadores passaram a receber cerca de R$ 9.371,45 por essas sessões.
Os vereadores de Pirassununga alegaram que ficaram oito anos sem aumento, mas essa justificativa não ameniza a preocupação da população diante do cenário atual. Quando ocorre o aumento nos subsídios dos vereadores, os salários do prefeito, vice-prefeito e secretários também são impactados pelo mesmo reajuste.
O aumento nos subsídios, que está previsto para vigorar a partir de 2025, deve ser encarado com cautela, lembrando que esses valores são uma ajuda de custo e não salários.
Com as eleições municipais se aproximando no próximo ano, a população precisa ficar atenta aos parlamentares que votaram a favor desses aumentos ou que ainda pretendem fazê-lo. É preocupante que, em meio a uma crise mundial e com um aumento no salário-mínimo de apenas R$ 20, justificativas para tais reajustes se tornam insustentáveis.
É fundamental considerar o impacto desses gastos nos cofres municipais. A política não pode ser vista como um emprego, mas sim como um serviço prestado à comunidade. A responsabilidade fiscal e a sensibilidade para com a situação econômica do país devem pautar as decisões dos legisladores, garantindo sempre o interesse público e o respeito aos cidadãos.
*Fonte: jornaldeararaquara.com.br