Finanças: o que é RDB? Conheça as diferenças para o CDB e veja quando vale a pena investir

CDB se consolidou como um dos principais produtos de renda fixa, atraindo inclusive parte dos recursos que anualmente deixam a poupança. Mas você sabe o que é RDB? Sim, com R. O primo menos conhecido do CDB  é uma alternativa para investimento em renda fixa, com semelhanças e diferenças para o “parente”.

Vamos começar com a diferença das siglas. Para quem se questiona o que significa RDB, saiba que essas três letras são sigla para “recibo de depósito bancário”. É bastante parecido com a sigla do CDB, que significa “certificado de depósito bancário ”, mas com uma diferença importante.

Ambos são investimentos que consistem em depósitos feitos nos bancos, em empréstimos às instituições financeiras. Porém, o CDB é um certificado, um título. Por outro lado, o RDB é um recibo, não um título que possa ser renegociado, e isso vai fazer diferença lá na frente na hora do resgate.

O que é RDB?

Ricardo Martins, economista-chefe da Planner Investimentos, explica que RDB é “um produto de renda fixa emitido geralmente por bancos, mas que também pode ser de cooperativas e sociedades de crédito e financiamento (SCF), que paga em uma data futura definida uma remuneração contratada no momento do investimento”.

Portanto, estamos falando de um produto no qual o investidor empresta um determinado valor para uma instituição financeira e vai receber esse montante de volta com juros. Isso de acordo com a condição e prazo combinados no momento da aplicação.

Assim como no caso do CDB, o investimento em RDB pode ter rentabilidade prefixada ou pós-fixada. Da mesma maneira, há a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para investimentos de até R$ 250 mil por CPF por instituição.

O que é a aplicação em RDB e qual a diferença para o CDB?

Há uma grande diferença entre os CDBs e os RDBs. De acordo com Ricardo Martins, da Planner Investimentos, trata-se das condições de liquidez  para resgatar os recursos antes da data de vencimento. No caso do RDB, não é possível antecipar esse resgate.

“O RDB só pode ser resgatado no vencimento. O CDB configura um título, o que lhe permite sua transferência; já o RDB é apenas um Recibo, o que o torna inegociável e intransferível”, explica o especialista.

Isso se dá pela finalidade que o RDB tem para os bancos, completa Martins. “O RDB é uma forma de captação mais direta dos bancos, geralmente usada para cobrir empréstimos bancários de curto prazo e juros mais altos, como por exemplo cheque especial, daí a necessidade de um fluxo diferenciado para permitir o resgate”, afirma.

Por outro lado, a falta de liquidez por vezes leva as instituições a oferecerem taxas mais altas para o investidor.

“A característica do RDB de iliquidez antes do vencimento é uma garantia ao emissor e está associada a necessidade de um período que lhe permita fluxo de caixa entre captação e resgate, possibilitando cooperativas e SCF oferecerem o investimento, como forma de mais uma alternativa de viabilizar recursos dentro do sistema. Logo, os RDBs chegam a oferecer rendimentos melhores em alguns casos”, diz o economista-chefe da Planner Investimentos.

Cuidados importantes antes de investir em RDB

De acordo com o especialista, o investidor precisa estar ciente das regras de liquidez do investimento e pesquisar quem é o emissor daquele papel. Por vezes, instituições financeiras oferecem taxas mais atrativas em CDBs e RDBs pela maior dificuldade de captação de recursos no mercado.

Isso pode acontecer, por exemplo, por serem instituições menores ou que apresentam maiores riscos. Reportagem da Inteligência Financeira explica por que a rentabilidade de CDBs pode variar tanto, indo em alguns casos extremos de 50% a até 150% do CDI.

“Há uma ‘máxima’ no mercado que se refere às taxas de remuneração por quem oferece esses produtos. Ou seja, quanto muito maior a taxa em relação ao mercado, maior a necessidade de captação do emissor, o que pode insinuar ou ser um indício de dificuldades de liquidez. O investidor deve buscar informações do emissor antes de definir o investimento e comparar as taxas de remuneração oferecidas”, afirma Ricardo Martins, da Planner.

CDB e RDB pagam Imposto de Renda?

Essa é outra semelhança do RDB para o CDB. Assim como o primo mais famoso, o recibo de depósito bancário também tem incidência de Imposto de Renda, seguindo a clássica tabela regressiva da renda fixa.

Portanto, investimentos de até 6 meses tem 22,5% de imposto sobre a rentabilidade.

Um percentual que vai caindo gradualmente, se torna de 20% entre 6 meses e 1 ano, de 17,5% de 1 a 2 anos e chega ao mínimo de 15% após 720 dias.

*Fonte:  www.inteligenciafinanceira.com.br

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