Relatório dos serviços de Inteligência dos Estados Unidos não encontrou envolvimento de larga escala de funcionários da agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) com o Hamas.
A informação dada pelo The Wall Street Journal, na tarde desta quarta-feira, 21, joga por terra a alegação do governo israelense de que 10% de todos os agentes da UNRWA tinham algum tipo de ligação política com o grupo palestino que deflagrou o conflito no dia 7 de outubro de 2023.
Agências de Inteligência de Israel disseminaram a ideia de que, além de militância no Hamas, havia na agência da ONU trabalhadores vinculados à Jihad Islâmica Palestina.
Cerca de 12 mil pessoas integram os quadros da UNRWA que, desde a suspeição, teve seu financiamento interrompido pelos Estados Unidos, países da União Europeia, Japão e Canadá.
Viés distorcido sobre ação da ONU
A interrupção do envio de recursos financeiros para a agência começou após o governo de Israel compartilhar que descobriu a ligação de pelo menos 12 funcionários da UNRWA a assassinatos e sequestros durante o ataque do Hamas.
Em sua investigação, os americanos afirmam somente ter encontrado indícios de que alguns funcionários da UNRWA poderiam ter participado dos ataques do Hamas a Israel.
De acordo com o braço noticioso da Dow Jones, que mantêm um importante índice do mercado financeiro global, a investigação americana afirma que a UNRWA tem que interagir com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza para fornecer ajuda humanitária e que isto não significa que a agência esteja colaborando com o grupo.
O novo relatório de inteligência ainda destaca o que chama de “antiga aversão” de Israel pela agência da ONU.
“Há uma seção específica que menciona como o viés israelense serve para distorcer grande parte de suas avaliações sobre a UNRWA e diz que isso resultou em distorções”, relata fonte familiarizada com o documento para o The Wall Street Journal.
*Fonte: www.extraclasse.org.br
