A palestina Rufaida al-Ghalayini telefonou para um sobrinho. Era madrugada. Disse que soldados israelenses tinham entrado em sua casa em Gaza e matado suas duas irmãs, chamadas Arwa e Maysun. Com dificuldades para se locomover, Rufaida, 69, pedia socorro.
A notícia chegou naquela mesma manhã de 10 de julho ao Brasil, onde moram alguns de seus parentes. Entre eles, Hazem Ashmawi, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Os familiares compartilharam a informação em suas redes sociais, tentando amparar Rufaida, com quem não tiveram mais contato.
Só depois de dois dias eles conseguiram confirmar que Rufaida também tinha morrido. A casa havia sido queimada. A reitoria da Unicamp emitiu uma nota de solidariedade a Ashmawi naquele mesmo dia, atribuindo ao Exército de Israel a "ação de extrema violência" contra as três mulheres.
*Fonte: www1.folha.uol.com.br