O Soldado Temporário, de 19 anos, vítima de tortura dentro do 13º RC Mec, Unidade do Exército Brasileiro, que tentou o suicídio devido ao abalo psicológico, em sua casa ao longo da Rua Capitão Maneco, região central de Pirassununga/SP, que após diálogos com policiais militares foi se acalmando e, posteriormente socorrido pelo SAMU na Santa Casa, procurou a Polícia Civil Judiciária. A Polícia Militar já havia feito o BOPM.
De acordo com a vítima, está na Unidade Militar já a cerca de 10 meses. O Soldado disse que na manhã de quinta-feira, 16, após formatura, um Oficial designou os Soldado para realizarem serviço no interior da Unidade Militar.
A vítima relatou que ele, ficou juntamente com os Soldados Jonas, Bonifácio e Gião, os quais tinham como missão alimpeza de um depósito de caixas de papelão guardadas, sendo que o Cabo Douglas determinou a organização do local, contudo, os demais soldados pegaram apenas duas caixas e as colocaram no lugar, causando estranheza no declarante, pois o local continuava sujo, mesmo assim continuou sua tarefa.
Em dado momento seu trabalho foi encerrado por outros soldados que determinaram para que ele fizesse uma “faxina’ câmara fria, seguindo para o local com os Soldados Jonas, Bonifácio e Gião e o Cabo Douglas, seguindo para o local o Soldado Souza Fontes, carregando um cabo de vassoura.
O grupo de militares determinaram que a vítima abaixasse sua calça, sendo recusado, quando foi agarrado por eles e a calça de seu fardamento tirado a força, onde quebraram o cabo de vassoura na região dos anus, sendo que apenas pararam por conta de o declarante ter começado a gritar, onde todos se afastaram.
Minutos depois, os colegas de farda retornaram, o pegaram a força, sendo levado para outro deposito, dando início uma longa sessão de tortura, onde alguns o seguravam e outros o agrediam nas “nadegas”, com pedaços de ripa palete, uma grande colher de pau utilizada em Panela Industrial, também torturado Taboa de Cortar Carne e cabo de vassoura, quando conseguiu fugir dos ‘terroristas’.
Que em dado momento, quando parou as agressões, conseguiu fugir do local, tendo saído correndo. A nádega da vítima ficou bastante lesionada, bem como escoriações pelo corpo. Abalado psicologicamente, tentou o suicídio posteriormente em decorrência da violência sofrida.
Segundo a vítima, o Cabo Douglas por duas vezes enviou mensagem pelo Wat Zapp, dizendo que tudo que ocorreu foi uma brincadeira. O Soldado, informou que apenas o Soldado Gião, não participou da tortura, tentando se afastar do local, sendo impedido.
*Fonte: Reporter Naressi