Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) indicam que, de janeiro até 4 de fevereiro, foram confirmados 58.695 casos de dengue em São Paulo, com 27 mortes e 64.794 casos sob investigação. A situação é crítica, com 161 cidades (24,9%) em epidemia, incluindo a capital, e 51 municípios em estado de emergência.
Especialistas, como o infectologista David Uip, preveem um cenário preocupante para 2025, com a persistência dos sorotipos 1, 2 e 3 da dengue, e a falta de imunidade da população contra o sorotipo 3, menos comum, aumenta o risco de casos graves da doença.
A vacinação, que poderia ser uma ferramenta crucial no combate à dengue, ainda não está disponível para toda a população. Atualmente, apenas crianças de 10 a 14 anos podem ser vacinadas com a Qdenga, da farmacêutica Takeda.
Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades públicas, incluindo o Governador e os prefeitos, intensifiquem as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
É preciso investir em campanhas de conscientização, ações de controle de vetores e ampliar o acesso à vacinação, quando disponível.
A população também precisa fazer a sua parte, eliminando focos de água parada, onde o mosquito se reproduz, e adotando medidas de proteção individual, como o uso de repelente.
A união de esforços entre governo e sociedade é essencial para evitar um colapso no sistema de saúde, já sobrecarregado pela dengue, e proteger a saúde da população paulista.
*Fonte: www1.folha.uol.com.br