O estado de São Paulo ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de moradias inadequadas, com um total de 3.762.952 domicílios nessa situação em 2022, segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP). O estudo, realizado em parceria com o Ministério das Cidades, revela um déficit habitacional alarmante no estado, impulsionado principalmente pelo ônus excessivo do aluguel.
A pesquisa da FJP, que utiliza entrevistas domiciliares para calcular o déficit habitacional, aponta que a capital paulista concentra grande parte do problema. Em 2022, a cidade de São Paulo registrou 370 mil moradias precárias, coabitadas ou com aluguel considerado muito caro. A demanda por moradia na capital deve aumentar nos próximos anos, com a previsão de 462 mil imóveis necessários até 2025, além do déficit atual de 432 mil.
Desafios e perspectivas
O estudo da FJP destaca a urgência de políticas públicas eficazes para enfrentar o déficit habitacional em São Paulo. A necessidade de construir quase 1 milhão de novas moradias na capital paulista nos próximos 10 anos evidencia a magnitude do desafio.
O ônus excessivo do aluguel é um dos principais componentes do déficit habitacional, exigindo medidas que garantam o acesso à moradia digna para a população de baixa renda. A construção de moradias populares, a regularização fundiária e a implementação de programas de subsídio ao aluguel são algumas das ações que podem contribuir para a redução do déficit habitacional.
Sobre a Fundação João Pinheiro
A Fundação João Pinheiro (FJP) é uma instituição de pesquisa e ensino ligada ao Governo de Minas Gerais, que atua em diversas áreas, como planejamento urbano, habitação, desenvolvimento social e gestão pública. A FJP é referência na produção de estudos e indicadores sobre a realidade socioeconômica brasileira.
*Fontes: www.al.sp.gov.br ; Fundação João Pinheiro e outraspalavras.net