Santa Cruz das Palmeiras (SP) enfrenta um clima de indignação e calor intenso após a derrubada de pelo menos 18 árvores da espécie Ficus benjamina, popularmente conhecidas como figueiras-benjamim. A ação da prefeitura, que alegou que as árvores estavam condenadas e representavam risco à segurança, gerou revolta entre os moradores e acendeu um alerta sobre o impacto ambiental e térmico na região central da cidade.
"Arrancaram tudo, até na fonte luminosa não tem mais uma árvore!", desabafa um morador em um vídeo que circula nas redes sociais, mostrando a devastação na avenida onde as árvores foram removidas. A indignação é compartilhada por outros cidadãos, que agora enfrentam o sol escaldante sem a sombra proporcionada pelas figueiras.
A prefeitura, em nota, justificou o corte com base em laudos técnicos que apontariam a presença de cupins e o enovelamento de raízes, comprometendo a saúde das árvores. A administração municipal prometeu o plantio de novas mudas, priorizando espécies nativas da flora brasileira, como o ipê-roxo.
No entanto, a explicação não convenceu a população, que questiona a necessidade da remoção de todas as árvores e a falta de transparência no processo. O caso chegou ao Ministério Público, que deu um prazo de 10 dias para a prefeitura apresentar os laudos técnicos e o projeto de revitalização da avenida.
Especialistas como o professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, da USP e presidente da Fundação Pau Brasil, alertam para a necessidade de rigor técnico em casos como esse. "É fundamental que o município apresente laudos detalhados, elaborados por especialistas, que comprovem a real necessidade da extração das árvores", afirma Rodrigues.
O professor destaca ainda a importância da ação do Ministério Público para investigar possíveis crimes ambientais. "O MP deve acionar a Polícia Ambiental e verificar a existência dos laudos, além de apurar se houve dano ambiental e responsabilizar os culpados", completa.
A derrubada das árvores em Santa Cruz das Palmeiras expõe a fragilidade do meio ambiente urbano e a importância da preservação das áreas verdes para o conforto térmico e a qualidade de vida da população. A ação da prefeitura, que deveria priorizar a segurança e o bem-estar dos cidadãos, acabou gerando um impacto negativo e um sentimento de revolta na comunidade.
*Fonte: noticias.r7.com– www.youtube.com – texto produzido com auxílo de IA