O Brasil surpreende ao se consolidar como o país com o maior número de motoristas cadastrados na plataforma Uber, somando 1,4 milhão de profissionais. Além disso, cerca de 80% da população adulta brasileira já utilizou o aplicativo, totalizando 125 milhões de usuários. Mas como explicar esse fenômeno, que desafia a lógica de que países mais ricos ou populosos deveriam liderar o ranking?
A resposta reside em um conjunto de fatores socioeconômicos que tornam o Brasil um terreno fértil para o Uber:
- Desemprego e Informalidade: A alta taxa de desemprego e o mercado de trabalho informal impulsionam muitos brasileiros a buscar no Uber uma fonte de renda flexível e acessível.
- Baixa Renda Média: A disparidade econômica, com uma renda per capita inferior à de países como os EUA, faz do Uber uma alternativa viável para quem busca complementar o orçamento.
- Frota de Veículos e Cultura de Mobilidade: A grande quantidade de carros e a preferência pelo transporte individual facilitam a adesão ao modelo do Uber.
- Transporte Público Precário: A ineficiência do transporte público em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro incentiva o uso do Uber tanto por passageiros quanto por motoristas.
- Regulação e Concorrência: A forte concorrência de outras plataformas em países como China e Índia, e as diversas opções de trabalho nos EUA, limitam a participação do Uber nesses mercados.
Em resumo, a combinação de uma economia com alta informalidade, uma frota de veículos robusta e a demanda por transporte por aplicativo coloca o Brasil na liderança global do Uber.
