Aposentados argentinos enfrentam uma realidade cada vez mais desafiadora sob o governo de Javier Milei. A crise econômica, agravada pelas políticas de austeridade, empurra muitos idosos para a linha da pobreza, enquanto outros lutam para manter um padrão de vida mínimo. Manifestações, como a "marcha dos aposentados", tornaram-se um grito de resistência contra a deterioração das condições de vida. Veja vídeo da reportagem nesse link.
Aposentadoria em tempos de Milei: um relato pessoal
Gabriela Navarra, jornalista aposentada de 66 anos, compartilha sua experiência, ilustrando o impacto das medidas do governo. Apesar de sua situação ser melhor que a da maioria, ela precisou vender seu carro e cortar gastos para lidar com a inflação e o aumento dos custos de saúde. "A maioria dos aposentados está arranhando a linha da pobreza", relata.
Números alarmantes: pobreza e exclusão
Dados do Instituto Nacional de Estatística e Censo da Argentina (Indec) revelam um aumento significativo da pobreza entre os idosos, atingindo quase 30% no primeiro semestre do governo Milei. O congelamento de auxílios, o aumento dos preços dos serviços públicos e dos medicamentos contribuem para essa situação.
O sistema previdenciário em debate
O governo Milei argumenta que o sistema previdenciário argentino é "insustentável", devido às "moratórias" que permitiram a aposentadoria de pessoas sem as contribuições necessárias. A decisão de não prorrogar a última moratória gera controvérsia e intensifica os protestos.
Resistência nas ruas: a marcha dos aposentados
As manifestações, que remontam à década de 1990, ganharam novo fôlego com a chegada de Milei ao poder. A repressão policial, como a sofrida por Gabriela Navarra, não intimida os manifestantes, que contam com o apoio de torcedores de futebol e outros grupos.
Um futuro incerto
A situação dos aposentados na Argentina permanece incerta. A luta por dignidade e melhores condições de vida continua, enquanto o governo Milei defende suas políticas de austeridade e reforma do sistema previdenciário.