O número de ataques cibernéticos no Brasil vem crescendo em um ritmo alarmante.
Empresas nacionais sofreram 95% mais ataques entre 2023 e 2024. No mesmo período, o número de pessoas que tiveram seus dados roubados subiu mais de 2.300%, vitimando 84,6 milhões de brasileiros. Neste contexto, quem não se proteger será uma presa fácil para cibercriminosos cada vez mais capazes e ousados.
Brasileiros e Segurança Digital
Muitos brasileiros parecem ainda não ter se dado conta do faroeste que a internet se tornou.
Mesmo com estes dados apavorantes, apenas 40% da população tem um antivírus em seus dispositivos móveis. Embora não haja dados precisos sobre quantos usuários possuem um antivírus para PC, 40% deles sofreram algum tipo de ataque, fosse no computador pessoal ou a empresa onde trabalham.
Enquanto indivíduos sofrem com roubo de dados e golpes financeiros, as empresas brasileiras se tornaram o alvo principal de ataques de ransomware na América Latina. Entre 2023 e 2024, foram mais de 485 mil ataques deste tipo, sendo um dos cinco países mais atacados mundialmente. Ataques cibernéticos são uma praga que assola o continente, mas quatro países se tornaram os alvos preferidos da região, segundo estatísticas recentes:
● O Brasil sofreu 36% de todos os ataques praticados na América Latina
● México: 14 milhões de ameaças
● Venezuela: 10 milhões
Como Um Antivírus Funciona
Com tantos dados catastróficos, já é não mais preciso defender a óbvia necessidade de se usar um antivírus. No entanto, convém entender como ele funciona, para que se possa tirarseu melhor proveito. Softwares de antivírus possuem uma extensa base de dados, onde armazena informações importantes sobre todas as ameaças em circulação. É assim que ele reconhece tais ameaças, comparando programas maliciosos com sua base de dados.
Pode-se pensar no antivírus como uma “vacina” para estes ataques. Por isso, é fundamental mantê-lo sempre atualizado. Afinal, novas ameaças não param de surgir e o software será incapaz de proteger o dispositivo contra uma ameaça que ele não conhece.
No entanto, esta não é a única tática utilizada para identificar ameaças. Estes programas também são capazes de realizar:
● Análise heurística: identifica padrões de comportamento suspeitos
● Sandbox: cria um ambiente seguro e separado do sistema para executar programas
maliciosos
● Quarentena: arquivos suspeitos são movidos para um “cofre” separado do sistema e
o usuário deve decidir se quer deletá-lo ou restaurá-lo
Novas Tecnologias
Hackers não param de criar ameaças novas e é por isso que os antivírus não podem parar de evoluir e, felizmente, não pararam. Softwares de última geração já contam com o apoio de computação de nuvem, análise comportamental, aprendizado de máquina e inteligência artificial para manter os dispositivos seguros.
Para evitar dores de cabeça e até mesmo perdas financeiras, é fundamental estar sempre um passo à frente das ameaças; e ameaças não faltam. Proteger dispositivos móveis e computadores contra ameaças digitais deixou de ser uma opção e passou a ser uma questão de responsabilidade.
Felizmente, existem softwares de última geração para ajudar na tarefa, tanto para celulares e tablets quanto PCs. Se pagar uma assinatura de antivírus não parece atraente, correr atrás do prejuízo de um ataque pode ser infinitamente pior.
Imagem: https://pixabay.com/illustrations/cyber-attack-encryption-smartphone-4444450/