Após anos de decadência política e eleitoral, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), outrora gigante da política brasileira, caminha a passos largos para um desfecho melancólico. A legenda, que protagonizou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, vê sua relevância esvair-se, culminando na iminente fusão com o Podemos, uma tentativa desesperada de sobrevivência.
O partido, que já elegeu 99 deputados federais, sete governadores e 16 senadores em seu auge, enfrenta seu pior momento, com números eleitorais em queda livre. A guinada à direita, a adesão ao neoliberalismo radical e o apoio a pautas ultraconservadoras, especialmente a aliança com o Bolsonarismo de extrema direita, corroeram a imagem do partido e afastaram seus eleitores tradicionais.
A fusão com o Podemos, e a posterior federação com o Solidariedade, são vistas como a última cartada para evitar o colapso total. No entanto, a medida é vista com ceticismo por analistas, que consideram o PSDB irreconhecível, um mero espectro do que foi um dia.
A fala do deputado Aécio Neves, que tenta justificar a fusão como um "recomeço", ignora o papel crucial do PSDB no fortalecimento da extrema direita. A legenda, ao aderir ao golpismo e ao discurso fascista, cavou a própria sepultura, e agora colhe os frutos amargos de suas decisões.