A Operação Hitman, deflagrada nesta segunda-feira (5) pela Polícia Civil de SP – através da DIG de Limeira, escancarou um cenário que envergonha a segurança pública: servidores que deveriam proteger a população agora são acusados de trabalhar para o crime organizado. Entre os presos, estão um policial militar (PM) e guardas civis municipais (GCMs) de Araras, suspeitos de integrar uma célula do Comando Vermelho (CV), facção carioca que tenta se expandir no interior paulista.
A investigação revela que os agentes públicos teriam participado de execuções contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), rival do CV, em uma guerra pelo controle da chamada "Rota Caipira". Os detalhes da operação são alarmantes. Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, os servidores não apenas forneciam informações privilegiadas, mas também atuavam ativamente na logística do tráfico, armazenando drogas e armas em locais estratégicos.
Um dos GCMs foi preso em Gramado (RS), enquanto outros alvos foram detidos em Araras e Leme. Um guarda municipal segue foragido, levantando dúvidas sobre quantos mais podem estar envolvidos. A polícia apreendeu um verdadeiro arsenal, incluindo coletes balísticos, balaclavas, veículos dublês e armas, indicando que os acusados estavam preparados para ações violentas.
O delegado Leonardo Burger, responsável pelo caso, admitiu que a investigação não está encerrada: "O objetivo agora é identificar mais membros e elucidar outros crimes".
Enquanto a Prefeitura de Araras limitou-se a afirmar que "acompanha e colabora" com as investigações, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, gestora da Polícia Militar, preferiu o silêncio.
*Fonte: g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao – www.metropoles.com – gazetadelimeira.com.br