A promessa de um novo Ecoponto em Porto Ferreira, que deveria ser um avanço na gestão de resíduos sólidos, transformou-se em foco de intensa insatisfação e preocupação para os moradores do Jardim Primavera.
A comunidade local se sente ignorada pela administração do prefeito André Braga e seus secretários, que anunciaram a instalação da estrutura sem apresentar um planejamento adequado e sem considerar os potenciais impactos ambientais, sanitários e nas áreas vizinhas.
A indignação dos moradores culminou em uma expressiva presença na última sessão Câmara Municipal do dia 05 de maio, onde relataram o descaso da prefeitura.
Segundo informações obtidas, a maioria dos vereadores se mostrou sensível à causa da população, ecoando o temor de que um novo ecoponto sofra do mesmo abandono observado na unidade já existente na cidade. A desconfiança é generalizada, com os moradores questionando a capacidade da gestão municipal de manter adequadamente uma estrutura ainda maior, já que demonstra não ter capacidade técnica e nem compromisso com a qualidade dos serviços prestados.
Um forte sinal do descontentamento da comunidade foi a circulação de um abaixo-assinado que reuniu 150 assinaturas de moradores do Jardim Primavera contrários à instalação do ecoponto no local.
Munidos desse documento, os organizadores buscaram um diálogo direto com o prefeito André Braga, mas, segundo relatos, tiveram seu pedido de reunião negado. A recusa em receber os representantes da população elevou ainda mais a tensão e o sentimento de desrespeito.
Diante da falta de abertura por parte da prefeitura, os moradores decidiram levar a questão a instâncias superiores. O abaixo-assinado e um relato detalhado da situação serão encaminhados ao Ministério Público, na esperança de que o órgão possa interceder e garantir que os direitos da comunidade sejam respeitados e que um estudo de impacto adequado seja realizado antes da concretização do projeto.
Apesar da forte oposição e da ausência de diálogo, indícios apontam para uma rápida implementação do Ecoponto. Informações obtidas pelos moradores revelam que já foram solicitadas as instalações de água e energia para o local, o que sugere que a estrutura poderá estar operacional dentro de aproximadamente 30 dias. Essa celeridade, sem a devida consideração das preocupações da população, reforça a crítica à falta de planejamento e sensibilidade da gestão municipal.
Os moradores do Jardim Primavera permanecem mobilizados e dispostos a fornecer relatos mais detalhados sobre a situação, na busca por uma solução que leve em conta o bem-estar da comunidade e a preservação do meio ambiente. A instalação de um Ecoponto, que deveria ser um benefício para a cidade, corre o risco de se tornar mais um exemplo de projetos anunciados sem o devido cuidado com a população e com o futuro de Porto Ferreira.